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Jogo decisivo da Copa América Feminina pede maturidade emocional para a seleção
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Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil

Iara Costa esportes

Jogo decisivo da Copa América Feminina pede maturidade emocional para a seleção

Grupo comandado por Arthur Elias enfrenta o Uruguai nesta terça-feira, 29, às 21 horas, pelas semifinais do torneio continental e precisa demonstrar equilíbrio emocional que não teve em clássico diante da Colômbia
Seleção brasileira feminina ficou no empate em um jogo bastante pilhado diante da Colômbia.  (Foto: Lívia Villas Boas / CBF)
Foto: Lívia Villas Boas / CBF Seleção brasileira feminina ficou no empate em um jogo bastante pilhado diante da Colômbia.

Após ter poucos desafios táticos na primeira fase da Copa América Feminina, o Brasil irá disputar nesta terça-feira, 29, às 21 horas, diante do Uruguai, uma vaga na final do torneio continental. O duelo de semifinal marcará mais um clássico e nele a seleção brasileira terá de demonstrar mais no aspecto emocional do que no empate da semana passada diante da Colômbia.

Após a vitória na primeira rodada sobre a Venezuela, o grupo canarinho não teve grandes problemas táticos diante de Bolívia e Paraguai. O embate da última rodada, diante do grupo colombiano, demonstrou, no entanto, que o time comandado por Arthur Elias precisa demonstrar maior maturidade contra adversários mais fortes.

A instabilidade já havia aparecido no último amistoso contra a França. No embate diante do grupo europeu, o Brasil tomou a virada — questões táticas à parte — também por não ter cabeça para lidar com a pressão exercida pelas adversárias. Era um ponto a se melhorar. Nas primeiras rodadas da Copa América Feminina, entrentanto, o grupo verde-e-amarelo não foi tão testado, algo que mudou justamente quando contra um rival "mais quente".

Assim como numa terapia comum, sabemos que a chave emocional não vira de uma hora para outra. Mas de qualquer paciente, o que se espera quando um problema é identificado e aceito é que ele demonstre, ainda que aos poucos, uma progressão. Não foi o que ocorreu com o Brasil, que ficou nervoso a partir da expulsão da goleira Lorena e não soube administrar a própria desvantagem, nem resistir ao jogo mental e provocativo das colombianas. Isso não pode ocorrer diante do Uruguai. 

Claro, esse alerta é pensando na Copa América Feminina num todo. Diante do Uruguai, o Brasil lidará com outro time com bons números na competição. Mas esse aviso é pensado principalmente no restante da temporada e nos próximos meses, que antecedem a Copa do Mundo Feminina de 2027. A última coisa que o Brasil precisa é não se preparar mentalmente e ser um anfitrião nervoso quando a visita chega. Ainda mais com uma geração talentosa que temos. Seria um desperdício perder uma Copa em casa por falta de controle emocional.

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