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Que os erros de outrora não se repitam em 2026 no futebol feminino cearense
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Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil

Iara Costa esportes

Que os erros de outrora não se repitam em 2026 no futebol feminino cearense

São os meus desejos para um final de ano próspero à modalidade
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Fortaleza, Ce , BR - 21.11.25 - Classico Rainha - Primeiro jogo da final do campeonato cearense feminino entre as equipes do Ceará e Fortaleza no Estádio Presidente Vargas (FCO FONTENELE/O POVO) (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Fortaleza, Ce , BR - 21.11.25 - Classico Rainha - Primeiro jogo da final do campeonato cearense feminino entre as equipes do Ceará e Fortaleza no Estádio Presidente Vargas (FCO FONTENELE/O POVO)

No último ano e meio, eu estive um tanto obcecada por um livro específico da saga de romance Bridgerton, que também ganhou adaptação na Netflix. Em "Um Perfeito Cavalheiro" — obra que, inclusive, inspirará a próxima temporada da série — a protagonista Sophie faz uma reflexão sobre erros, dizendo que “uma pessoa inteligente aprende com os próprios erros, mas uma pessoa inteligente de verdade aprende com os erros dos outros”.

Misturando um pouco dos meus dois mundinhos — o pop e o futebol feminino — esse é o meu desejo de fim de temporada (e início das minhas férias pessoais) para o futebol feminino cearense: que, em 2026, os clubes — especialmente Ceará e Fortaleza — não aprendam apenas com as próprias falhas, mas também com as falhas alheias.

A começar pelo Ceará, cujo 2025 pode ser resumido como uma grande bola na trave. No Brasileirão Feminino Série A3, na Copa do Brasil e no Estadual, o time ficou sempre no quase. Que em 2026 o planejamento seja menos “vamos ver como as coisas acontecem” e mais “vamos fazer as coisas acontecerem”.

Esse clube já provou ser capaz de feitos importantes em outras temporadas, como a ascensão à Série A1 em 2022, conquistada com um título nacional. É verdade que os caminhos mudaram e que o futebol feminino exige mais do que exigia três anos atrás, mas o Ceará — e quem faz a modalidade dentro do clube — não começou ontem. Sabe como trilhar esse percurso. Pois bem: que o trilhe da melhor forma.

Do lado do Fortaleza, o desejo é que o turbulento 2025 do masculino não apague a história do futebol feminino, que cumpriu — e venceu — cada objetivo que traçou. Mesmo que, enquanto escrevo, o Leão viva um momento de reação e ainda possa se salvar, caso isso não se concretize, que o clube aprenda com os erros que já assombraram o futebol cearense e conduza suas escolhas com mais cuidado. Se derem certo ou não, que ao menos não prejudiquem justamente as atletas que mais honraram essa camisa ao longo da temporada.

Infelizmente, nem tudo o que desejo aqui depende do que eu quero — ou do que querem as pessoas que fazem a modalidade acontecer. Mas desejo, ainda assim, um 2026 com escolhas mais sábias que outrora, principalmente no que diz respeito aos erros cometidos.

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