É editor digital de Política do O POVO e apresentador do programa Jogo Político, interessado no mundo do poder, seus bastidores e reflexos sobre a sociedade. Entende a política como algo que precisa ser incorporado e discutido por todos. Já foi repórter de Política e também editor da rádio O POVO CBN.
O atraso toma conta de várias partes do País em pleno século XXI. A barbárie é normalizada para que alguns poucos usufruam das benesses que o dinheiro manchado de sangue pode comprar
Teoricamente, a colonização do Brasil chegou ao fim há pouco mais de 200 anos, após séculos de exploração, violência e destruição sem medidas. Entretanto, engane-se quem pensa que o "grito do Ipiranga" rompeu com certas práticas nefastas de domínio e poder. A mentalidade predatória que marcou a formação do que hoje se entende por Brasil está mais presente do que nunca, perpetuando conflitos, sofrimentos e desigualdades.
Basta observar o que acontece no território Yanomami, em Roraima. Garimpeiros ilegais se utilizando do mesmo modus operandi de 500 anos atrás para ter acessos a riquezas minerais: assassinatos, estupros, subornos por meio de quinquilharias, disseminação de doenças, fome e desmatamento. Matar e subjugar para controlar.
O atraso toma conta de várias partes do País em pleno século XXI. A barbárie é normalizada para que alguns poucos usufruam das benesses que o dinheiro manchado de sangue pode comprar. Nossos povos originários são desrespeitados em sua essência, enquanto autoridades se omitiram ou até mesmo estimularam esse claro processo de extermínio. Populações essenciais para a preservação das florestas e consequente equilíbrio ambiental. Mas quem disse que mentes tão retrógradas, movidas apenas pela ganância, conseguem se preocupar com o futuro?
A academia tem se debruçado bastante sobre o conceito de "decolonialidade", entendido como caminho para resistir e superar padrões eurocêntricos de existência e saber, valorizando a realidade de comunidades e sujeitos marginalizados. Movimento importante que deve ser conjugado também com ações efetivas que ajudem a colocar nossa sociedade em um novo patamar de progresso. Uma delas é bem básica: o cumprimento da lei.
No caso da crise humanitária yanomami, é prisão imediata dos responsáveis, desarticulação de toda a rede criminosa e investigação contra todos aqueles que têm parcela de culpa nessa tragédia. Que a dor de milhares de indígenas não seja em vão, e que o País aproveite essa outra oportunidade histórica para libertar-se e, de fato, civilizar-se.
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