
Jornalista, leitora, professora. Criou e faz curadoria das séries A Cozinha do Tempo e Cidade Portátil, dentre outras atividades.
Jornalista, leitora, professora. Criou e faz curadoria das séries A Cozinha do Tempo e Cidade Portátil, dentre outras atividades.
Tem pé-de-moleque da padaria Globo, que fica em uma das esquinas das ruas Padre Mororó e Pedro Pereira. Bom para levar inteiro.
Ainda no Centro de Fortaleza, teria a bolacha de massa folhada, feita nas grandes formas retangulares de madeira da padaria Ideal, na Praça da Lagoinha. Fechou.
Tem mais pé-de-moleque, o da Pão e Pães, a padaria das libanesas na Pereira Filgueiras, a rua que nasce, ou finda, quase no Pajeú passando no Paço Municipal.
Que seja aberto à fruição pública o Paço Municipal, jardim-pomar com anfiteatro e uma cacimba coberta de acústica de excelência. Teatro Máquina fez ali, intérpretes de patins deslizando na coberta sobre as águas, uma sessão de Leonce & Lena.
Gerson Augusto de Oliveira Jr. autografou lá, em 2006, meu exemplar de "Torém, brincadeira dos índios velhos", dissertação de mestrado contemplada com o Prêmio Sílvio Romero, de 1997, do Ministério da Cultura, Fundação Nacional das Artes (Funarte) e Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.
De volta à Pão e Pães, que encerra atividades no último dia útil de junho. Bolo de grude e bolo de goma do Piauí, apresentado também como rosca de queijo. Será que as irmãs libanesas deixam a receita pra gente?
No Nossa Senhora das Graças tem O Boleiro. Pelo cheiro de bolo no forno, você pode morder o fiteiro. É o vale tudo do bem quente. O com abacaxi, melhor esfriar um pouquinho.
Laranja com damasco. Bolo da Le Pain, Le Café da Professor Dias da Rocha. Já leu sobre a coleção dele no Museu do Ceará? Livro de bolso de Felipe Bottona da Silva Telles e Diva Maria Borges-Nojosa. Nhac.
Em Icó, na padaria Vale do Salgado, rosquinhas com açúcar e canela. E uns cafés com os livros dos arquitetos Clóvis Ramiro Jucá Neto (Icó e Aracati) e José Clewton do Nascimento (Icó e Sobral). Em Sobral, pêtas da região. Em Aracati, canjirão do Fortim, com cheiro de fogo de lenha. Tem no mercado.
Faz-de-conta que deu a hora de uma comida mais fornida. Paçoca do Deca ou do Galinha Caipira, ainda em Icó. Paçoca da Lúcia, no restaurante que tem o nome dela, na estrada da Caponga, em Cascavel. Delícia: é proibido som de carro. Lúcia foi do Ravengar, restaurante de outrora nas mesmas áreas, com salão sob mangueiras de copas cheias e a mais esgarçada das carnes em paçoca de pilão.
Tem paçoca com cebola roxa, feita na capital, que levo de presente como se fosse fruta do pé. É a do Sabor da Picanha, na João Cordeiro com Santos Dumont. De abrir a quentinha na hora da entrega, desfrutar do cheiro e ouvir o coro de huuummm.
...
E você, anda lendo o que?
...
Nunca se produziu tanta comida quanto nos dias de hoje. É o mesmo mundo que mais produz gente com fome.
A soma da Literatura, das histórias cotidianas e a paixão pela escrita. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.