Logo O POVO+
Duarte Junior e Marcos do Val quase trocam socos e Girão precisa separar
Foto de João Paulo Biage
clique para exibir bio do colunista

João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Duarte Junior e Marcos do Val quase trocam socos e Girão precisa separar

No último encontro, Duarte chamou o senador, que se diz ex-policial da SWAT, de ‘manja rola’. Do Val partiu pra cima
Tipo Opinião
Marinho e Randolfe (Foto: João Paulo Biage)
Foto: João Paulo Biage Marinho e Randolfe

Nas duas sessões da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o deputado Duarte Junior (PSB-MA) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) discutiram no plenário. Na primeira, Duarte soltou a frase: “Vossa Excelência tem mais versões que ternos”, arrancando gargalhadas dos outros parlamentares. No último encontro, Duarte chamou o senador, que se diz ex-policial da Swat, de "manja rola". Do Val partiu pra cima e os dois só não trocaram socos por intervenção do senador cearense Eduardo Girão (Novo), que separou a briga.

Líderes do governo e da oposição têm conversa ao pé do ouvido

Na mesma audiência da CPMI, os líderes do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido), e da oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN) tiveram conversa ao pé do ouvido sobre a participação do deputado André Fernandes (PL-CE) na comissão. Mesmo sendo o autor do requerimento que resultou na CPMI, a participação de André Fernandes está ameaçada. O governo e parte do Centrão não acham que o deputado deva participar da investigação, já que Fernandes é indiciado no Supremo Tribunal Federal por incentivar os atos golpistas. A decisão quase foi costurada entre os líderes, mas a decisão vai ficar nas mãos do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco.

Lira x Dino

A conturbada relação entre o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ganhou novo capítulo com a operação da Polícia Federal que atingiu aliados do ‘super-deputado’. Por causa do apoio dado por Dino a Renan Calheiros, maior rival político de Lira, como possível relator da CPMI, o presidente da Câmara passou três semanas ignorando o ministro. Nem a intervenção do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que é próximo dos dois - Carreras é do partido de Dino e líder do bloco de Lira na Câmara - resolveu o impasse e Dino não conseguiu falar com Lira.

No dia da operação da PF, a situação se inverteu e quem procurou Flávio Dino foi o presidente da Câmara. Ao contrário de Lira, Dino respondeu prontamente o parlamentar e foi ao encontro dele. Aconselhado a dar "um gelo" em Lira, Dino achou melhor não se indispor com Arthur Lira por receio do contragolpe atingir o presidente Lula.

CPI do MST é mais instagramável que restaurante a beira-mar

A desnecessária Comissão Parlamentar de Inquérito do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) vai mostrando que o objetivo dela não é investigar, mas sim divulgar. As brigas são mais numerosas que os requerimentos e cada pronunciamento de deputado é acompanhado por uma postagem ‘lacrativa’ nas redes sociais. Sempre acompanhada por bom público, o artifício investigativo do Congresso Nacional tornou-se publicidade política. Destaque absoluto, até agora, é para a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que já conseguiu tirar do sério os deputados Coronel Zucco (Republicanos-RS), Ricardo Salles (PL-SP), Delegado Eder Mauro (PL-PA) e até o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Sâmia é boa de briga!

Foto do João Paulo Biage

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?