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Requerimento da CPI das Joias já tem 112 assinaturas
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Requerimento da CPI das Joias já tem 112 assinaturas

PT e Psol já assinaram requerimento, feito em março pelos deputados Túlio Gadelha (Rede-PE) e Rogério Correia (PT-MG). Partidos governistas de centro ainda não subscreveram.
MAURO Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil MAURO Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Parte da base do governo no Congresso Nacional quer investigar a relação do casal Jair e Michelle Bolsonaro com as jóias recebidas e comercializadas por integrantes do Palácio do Planalto. O requerimento para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), feito pelos deputados Túlio Gadelha (Rede-PE) e Rogério Correia (PT-MG), já conta com 112 assinaturas. Subscreveram o pedido deputados do PT, PSOL, Rede e parte do PSB assinaram o requerimento. Partidos de centro que compõem o governo, MDB, PSD e União Brasil, contudo ainda não julgam a comissão como necessária.

“O governo como um todo já quis mais essa CPI, mas agora a maioria acha que não é necessário, ou, pelo menos, não é prioridade. A Polícia Federal já tem investigação adiantada, mas eu acho justo o parlamento investigar”, defendeu o deputado Rogério Correia, um dos autores do pedido.

Só faltam 59 assinaturas para a CPI ser instalada na Câmara dos Deputados, mas conseguir os parlamentares necessários para isso não vai ser fácil. Nem mesmo as provas divulgadas pela PF sobre o caso aumentaram a procura dos deputados pela comissão. Desde sexta, apenas 6 novas subscrições foram catalogadas.

A base vai continuar tentando apurar o caso das jóias na CPMI de 8 de janeiro, mas esbarra no presidente da comissão, o deputado Arthur Maia. “Enquanto não houver fato novo, eu não vejo possibilidade de pedir relatórios financeiros ou quebra de sigilo de Jair ou Michelle Bolsonaro. Não faz parte do objeto de investigação desta comissão”, apontou o deputado.

A aposta dos deputados é que o depoimento de Walter Delgatti, na próxima quinta-feira (17), seja esse ‘fato novo’ pedido por Arthur Maia. Caso o hacker revele informações que liguem Jair Bolsonaro à tentativa de golpe de 8 de janeiro, ficará difícil para Arthur Maia não pautar os pedidos de quebras de sigilo. Ainda esta semana, Maia e a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), vão se reunir para analisar quais os próximos documentos que a comissão terá acesso. Eliziane quer investigar Jair e Michelle Bolsonaro e vai pedir a colaboração de Arthur Maia.

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