Apesar de parecer que não estão do mesmo lado político, Ciro Gomes (PDT-CE) e Eduardo Girão (Novo-CE) falam a mesma língua quando o objetivo é a oposição ao PT. Girão acionou a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público para que apurem as denúncias de corrupção no governo Elmano de Freitas (PT-CE), feitas pelo ex-ministro e quarto colocado nas últimas eleições presidenciais.

“O Ciro fazia parte desse grupo há bem pouco tempo e conhece bem as entranhas e a corrupção que tomou conta do governo petista. Ele revela isso e precisamos ir atrás porque a população está estarrecida. Nós vemos a segurança pública derreter, existe uma completa insegurança, eu falo disso há muito tempo”, apontou Eduardo Girão.

Vale ressaltar que Ciro fez tal denúncia durante a convenção estadual do PSDB, onde marcou presença para apoiar o ex-senador tucano Tasso Jereissati. Partido, este, que tentou filiar o suposto ex-SWAT e bolsonarista Marcos do Val, além de ter sido uma das siglas a passar pano para a tentativa de golpe de 8 de janeiro durante a CPMI.

Sede do Centrão pelo FNDE não intimida Fernanda Pacobahyba

A Caixa Econômica Federal não apaziguou os ânimos do Centrão, que já sabe qual será o próximo alvo nas negociações com o Governo Federal. O MDB quer porque quer ocupar a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), hoje ocupada por Fernanda Pacobahyba, indicada por Camilo Santana (PT-CE).

A sede do grupo, porém, não intimida a cearense. “Vou te falar: isso aí é todo dia. Todo dia tem notícia sobre isso. O desafio e a responsabilidade são muito grandes para perdemos o foco. Sigo trabalhando tranquila até o dia que for possível”, disse Fernanda.

O Ministério da Educação ainda não recebeu nenhuma solicitação do Palácio do Planalto pela mudança no órgão, mas a movimentação no Congresso Nacional já é nesse sentido. Como o governo aceitou negociar com os partidos por pauta, agora é a vez do Senado Federal fazer exigências. Coincidência ou não, mais uma vez, o alvo do Centrão é uma mulher.

Neto de Hamilton Mourão, de 11 anos, perde 3 mil reais em casa de apostas

Eu nunca imaginei que uma história mirabolante chegasse à coluna da maneira que essa aqui chegou. “Papai, um amigo meu lá da escola tá de castigo porque usou o cartão de crédito do avô para apostar”. Eu já sabia que meu filho estudava na mesma escola do neto do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), mas nem me toquei que esse colega poderia ser ele.

Algumas semanas depois, em conversas no Congresso Nacional, ouço a mesma história. Desta vez, do relator do Projeto de Lei que vai normatizar as apostas esportivas em âmbito nacional, Jorge Kajuru (PSB-GO). O garoto viu as promessas de enriquecer com as apostas em perfis nas redes sociais, pegou cartão e CPF do avô e começou a apostar. Dos R$ 3 mil aportados, só sobrou R$ 100.

O PL das apostas esportivas deve entrar na pauta do Senado esta semana e o texto prevê que apenas maiores de 18 anos podem criar contas e jogar em casas de apostas.