A executiva nacional do PSB está otimista pela filiação de Cid Gomes (PDT-CE) e todo o grupo que deve acompanhar o senador. Encontrei, esta semana, os deputados Pedro Campos (PSB-PE) e Duarte Junior (PSB-MA) e ambos trataram a migração para o partido como quase certa. "Pelo que estamos conversando, não é só possível. É provável", disse Duarte, que faz parte da executiva nacional da sigla.

O Podemos, porém, continua tentando seduzir Cid Gomes. Durante a sabatina de Flávio Dino para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), três senadores do partido cercaram Cid no Salão Azul para entender a situação "Você tem que chegar lá e falar que você quer ir pro Podemos", disse o líder do partido no Senado, Oriovisto Guimarães (PODE-PR). Cid desconversou. "Oriovisto, Styvenson e Rodrigo Cunha são meus amigos. Queriam saber como está a situação, mas eu não decido nada sozinho", afirmou.

A decisão sobre o destino dos cidistas deve sair nesta segunda-feira. O favorito é o PSB.

Reforma Tributária: bastidores da última votação

Quarta-feira. Votação no Senado Federal da indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal. Dia cheio! Fiquei no Congresso Nacional das 9h às 22h15. Na quinta-feira, o dia prometia ser mais tranquilo e meu chefe até me liberou pra sair mais cedo. "João, deixe suas entradas n'O POVO News gravadas e pode ir embora". Acabei de gravar tudo às 16h45, enviei e arrumei minha mochila e rumei para casa. No caminho da saída, estava a sala da presidência do Senado. "Olha, Arthur Lira está à caminho. Vem pra uma reunião com Rodrigo Pacheco. É possível que votem a Tributária hoje", disse a assessora do presidente da Câmara.

Toca o barata voa. Peguei o telefone e liguei para o deputado Mauro Filho (PDT-CE). "Deputado, vota hoje?". Prontamente, ele respondeu. "Acho difícil, viu. Essa reunião deve ser longa e tensa. Deve ficar para amanhã". Mesmo assim, esperei até o fim do encontro, que também contava com os relatores da Proposta de Emenda à Constituição nas duas casas: o senador Eduardo Braga (MDB-AM) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A reunião não terminou bem, com Arthur Lira saindo da sala de Pacheco batendo pé e, visivelmente, chateado.

As discussões seguiram do dia seguinte, quando Lira e Aguinaldo decidiram apresentar o texto e votá-lo. Reforma aprovada, Câmara e governo satisfeitos, mas o Senado nem tanto. Esta semana, está agendada a promulgação do texto. Mesmo com insatisfações, os parlamentares mudaram a forma como os impostos são cobrados no Brasil e isso foi motivos para celebrações por aqui

Zé Guimarães faz café para os jornalistas, mas sem panetone

Inspirado pelo fim do ano e pelas vitórias do governo no Congresso Nacional, o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados, vai promover um café da manhã na sala da liderança. O regabofe vai ser na próxima quinta-feira, regado a sucos, pães de queijo e bolos, mas sem panetones. "Eu ganhei um panetone na quarta-feira passada, mas cheguei em casa morto de cansaço e não tinha janta. Enchi a pança de panetone", disse Guimarães, arrancando risadas dos jornalistas.

O líder admitiu que a semana vai ser puxada, com votações todos os dias. Ou quase. "Na sexta-feira, não, né?! Sessões de segunda a quinta, mas sexta também é demais", divertiu-se. Nem mesmo a pauta cheia ou as derrotas do governo nas derrubadas dos vetos do Marco Temporal e da desoneração da folha de pagamentos tirou o foco de Guimarães neste fim de ano. Apesar das votações das Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e de Orçamento Anual (LOA), o pensamento é um só. "Já faz quase dois meses que não vou ao Ceará, tô com uma saudade, rapaz. Quero voltar e visitar minha mãe, que já está com 99 anos", afirmou um tranquilo José Guimarães.