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Eduardo Girão foi um dos monitorados pela Abin paralela
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Eduardo Girão foi um dos monitorados pela Abin paralela

Além do ministro Camilo Santana, que foi espionado enquanto ainda era governador do Ceará, o senador Eduardo Girão está na lista de parlamentares monitorados
Tipo Análise
Presidente Lula com o ministro da Educação, Camilo Santana, ao sancionar lei que cria poupança para estudantes do ensino médio (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Foto: Ricardo Stuckert/PR Presidente Lula com o ministro da Educação, Camilo Santana, ao sancionar lei que cria poupança para estudantes do ensino médio

O escândalo de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) chegou ao Ceará. Além do ministro Camilo Santana, que foi espionado até por um drone enquanto ainda era governador do Ceará, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) está na lista de parlamentares monitorados pela Abin paralela.

Girão era titular da CPI da Pandemia, que investigava as ações do governo Bolsonaro no combate ao coronavírus. Segundo uma fonte da coluna, todos os senadores que atuaram no colegiado foram espionados. "Até mesmo da oposição, como Girão?", perguntei. "Todos", respondeu a fonte. O ex-governador e ex-senador Tasso Jereissati também foi titular da comissão de inquérito, mas não confirmei nominalmente. Contudo, o "todos" é sonoro e fácil de entender.

Ao todo, cerca de 2 mil aparelhos de celular foram espionados dentro da Abin pelo software First Mile. Os responsáveis pela arapongagem fizeram cerca de 60 mil consultas no aplicativo israelense entre 2019 e 2022.

Câmara e Senado vão dar atenção especial às eleições em 2024

Começa hoje o ano legislativo de 2024 e os parlamentares estão focados em duas vertentes: a prioridade é elaborar as leis complementares que vão detalhar a reforma tributária aprovada em 2023. O objetivo de deputados e senadores é destrinchar toda a alteração na tributação sobre o consumo ainda no primeiro semestre.

Concomitante a isso, os congressistas vão discutir pautas que vão afetar, diretamente, as próximas eleições. Na Câmara, as discussões iniciais vão ser pela regulamentação das redes sociais, a partir do PL 2630, conhecido como PL das Fake News; e a criação do Marco Legal das Inteligências Artificiais. A ideia dos deputados é evitar que notícias e vídeos falsos atrapalhem os pleitos eleitorais.

Já os senadores querem uma reforma eleitoral ainda mais profunda. Tanto o presidente da casa, Rodrigo Pacheco, como os líderes partidários vão usar os primeiros meses do ano para discutir o fim da reeleição no executivo. Ou seja: parte dos senadores querem que prefeitos, governadores e até o Presidente da República tenham mandato único.

Lula reforça confiança em Camilo Santana, que é alvo de servidores

Camilo Santana continua em alta com o presidente Lula. Nem mesmo as falhas do Ministério da Educação na divulgação de resultados do Sisu colocaram o ministro em xeque. Lula é grato a Camilo pelas políticas públicas implementadas no primeiro ano de governo. "Eu tenho muita confiança no companheiro Camilo. Quando eu o convidei, fiz dois desafios: fazer em território nacional melhor do que fez no Ceará; e ser um ministro melhor que o Haddad, que foi, até aqui, o melhor ministro da Educação que o Brasil já teve", disse o presidente.

Porém, entre os servidores da Educação, Camilo é tido como vilão. A falta de envolvimento do ministro na reestruturação salarial dos Técnicos Administrativos em Educação incomoda os colaboradores, que enchem as redes sociais de Camilo de críticas. Atualmente, os TAEs são a segunda pior carreira do executivo, com servidores que recebem menos de 2 salários mínimos. A revolta se dá, também, porque o governo já reestruturou as carreiras da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. E olha que a prioridade era a educação.

 

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