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Câmara vota Novo Ensino Médio 2.0 nesta quarta-feira
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Câmara vota Novo Ensino Médio 2.0 nesta quarta-feira

Manutenção das 2,4 mil horas de formação básica é uma vitória do ministro Camilo Santana, que não abriu mão do pleito na negociação do acordo. Votação deve ocorrer no plenário nesta quarta-feira (20)
Tipo Notícia
Camilo Santana, ministro da Educação (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Camilo Santana, ministro da Educação

A queda de braço entre Camilo Santana e Mendonça Filho (União-PE) sobre o Novo Ensino Médio 2.0 acabou com vitória do ministro da Educação. A principal divergência entre o texto entregue por Camilo ao Congresso Nacional e as mudanças feitas por Mendonça Filho no relatório estava na carga horária de ensino básico. Enquanto o MEC queria 2,4 mil horas, o deputado insistia em manter 2,1 mil horas no parecer. Em reunião na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 19, a sugestão do governo foi a mais aceita e é a que vai para o Projeto de Lei, que será votado nesta quarta, 20.

Na mesa de negociação, estavam, além dos dois, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Frente Parlamentar Mista de Educação, Rafael Brito (MDB-AL), e os deputados cearenses José Guimarães (PT-CE), Moses Rodrigues (União-CE) e Idilvan Alencar (PDT-CE). A presença do trio se deu pelo sucesso do Estado na educação e deu mais força a Camilo Santana na negociação.

Após o diálogo, o líder do governo na casa, José Guimarães, deu detalhes da conversa. "O ministro Camilo fez um grande esforço e construímos um bom acordo com os líderes partidários e o presidente Arthur Lira. O relator compreendeu, não criou dificuldades, negociamos até o limite e saímos com uma grande vitória", afirmou.

O presidente da Frente Parlamentar Mista de Educação, Rafael Brito, também comemorou o acordo. “8 milhões de jovens viviam, até hoje, no Brasil a angústia da indefinição sobre o Ensino Médio. Eles já sabiam que ia mudar, mas não sabiam como.Conseguimos esse acordo que deu a vitória ao Brasil inteiro”, apontou Brito.

Como ficará o Novo Ensino Médio 2.0

Os cinco itinerários formativos permanecem: Ciências da Natureza e suas tecnologias; Linguagens e suas tecnologias; Ciências Humanas e Sociais aplicadas; Matemáticas e suas tecnologias; e Formação Técnica e Profissional. A formação básica será de 2,4 mil horas para 4 desses itinerários, com 600 horas complementares de estudo. Apenas Cursos Técnicos e Profissionais podem oferecer 1,8 mil horas de formação principal.

“Vamos pegar o curso técnico de enfermagem como exemplo. É um curso com 1,2 mil horas de formação técnica. A formação geral básica será de 1,8 mil horas, perfazendo as 3 mil horas necessárias de formação”, explicou Moses Rodrigues.

O representante do PDT na reunião, Idilvan Alencar, ressaltou que o maior tempo de formação básica era uma demanda dos docentes. “Este trabalho foi uma construção. Os professores foram ouvidos. Não foi um acordo feito só por A, B ou C. Eu saio feliz com esse acordo feito”.

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