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Senadora que apoiou Bolsonaro e é vice-líder de Lula será relatora do Novo Ensino Médio
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Senadora que apoiou Bolsonaro e é vice-líder de Lula será relatora do Novo Ensino Médio

Professora Dorinha Seabra vai estudar o texto aprovado na Câmara dos Deputados e sugerir emendas e alterações. Comissão de Educação vai tratar o tema depois do feriado
Tipo Notícia
Senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado Senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO)

A reformulação do Novo Ensino Médio, aprovada ontem na Câmara dos Deputados, já tem relatora designada no Senado Federal. A responsável pela matéria será a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), que personifica bem o Centrão no Congresso Nacional: ela apoiou a reeleição de Jair Bolsonaro, mas figura como vice-líder do Governo Lula na atual legislatura.

Professora Dorinha tem como pauta principal a educação. Ela também foi a relatora da criação do programa Escola em Tempo Integral, uma das principais políticas do MEC para 2024. Ela também foi a responsável por relatar o projeto do homeschooling, que considera o ensino domiciliar como uma nova opção para alunos e professores.

Ainda não há acordo feito no Senado Federal com prazos de votação, mas a casa deve receber o texto da Câmara dos deputados até sexta. Assim que ele for protocolado, Dorinha começa os estudos. A ideia da Casa Alta é valorizar a educação técnica profissionalizante. A tramitação na Comissão de Educação só vai começar depois da Semana Santa, mas o colegiado se sente preparado: só em 2023, a CE realizou 11 audiências públicas sobre o Novo Ensino Médio.

Vitória do governo na Câmara?

Ontem, durante a votação da reformulação do Novo Ensino Médio, os deputados da base aliada comemoraram o acordo, agradeceram o relator, Mendonça Filho (União-PB) e se autodeclararam vitoriosos. Mas será?

Quando a negociação começou, não havia cenário positivo para mudanças na reforma do Novo Ensino Médio, feito em 2017. Mesmo assim, o governo tentou e recebeu um sinal forte de que as tentativas iriam por água abaixo: Arthur Lira designou Mendonça Filho como relator, que foi o ministro propositor da reforma. Nos bastidores, já se dizia que o não importava o que Camilo Santana enviasse, nada iria mudar.

Depois de muito negociar e martelar (a mesa com tapas), o governo conseguiu resolver a maior demanda da comunidade educacional: ampliar a formação básica de 1,8 mil para 2,4 mil horas. Na consulta pública feita, essa demanda estava em mais de 80% das reclamações, e foi esse o argumento de Camilo para conseguir emplacar a mudança.

Dá, sim, pra dizer que foi uma vitória do governo. A mudança é significativa. Agora, é hora de travar outra batalha no Senado.

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