Girão vota com governistas por imposto para armas, mas esforço foi em vão
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
Girão vota com governistas por imposto para armas, mas esforço foi em vão
A inclusão das armas no "Imposto do Pecado" chegou a ter maioria simples do plenário, mas o destaque precisava de maioria absoluta (41 votos). Placar foi apertado: 33x32
Foto: Samuel Setubal
Senador Eduardo Girão vota a favor da sobretaxação das armas
O posicionamento anti-armamentista do senador Eduardo Girão gerou um momento curioso no plenário da Casa Alta.
Em meio ao debate sobre maior imposto na compra de armas de fogo e munições, o líder do Partido Novo no Senado declarou voto a favor da sobretaxação.
"Eu até sou favorável à posse e contra o porte. No Brasil, 40 mil pessoas morrem por causa de armas de fogo. É uma questão de responsabilidade. Eu sou contra tirar o imposto seletivo na questão das armas por uma questão de coerência. É vida, é saúde", afirmou Girão.
A posição foi celebrada por governistas e arrancou uma boa risada de Jaques Wagner, homem forte de Lula na Casa.
Logo depois, o senador Magno Malta precisava orientar o voto da oposição e ficou confuso. “Liberar porque? Quem aí é contra?”, perguntou o senador capixaba.
“O Girão. Ele é contra”, respondeu Flávio Bolsonaro”. Sem titubear, Malta respondeu. “Eu libero o Girão, não é a bancada”.
Painel revelado e placar apertado. 33 a 32 pela maior tributação nas compras de armas e munições. O voto de Girão parecia ter sido essencial para a maioria governista, mas só parecia.
Como era um destaque inclusivo a um Projeto de Lei Complementar, a maioria simples não bastava. Para que o trecho destacado estivesse no texto, eram necessários 41 votos.
Com isso, nada muda no relatório e as armas de fogo vão ter tributação de 26,5%, como a maior parte dos produtos e serviços no país.
Correção: diferentemente do publicado originalmente, o senador afirmou que é a favor da posse e contra o porte de arma.
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