Como os parlamentares cearenses reagiram à taxação de Trump
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
Foto: AFP e Ricardo Stuckert / PR
Trump taxa Brasil e Lula responde pela "lei de reciprocidade".
Nesta quarta-feira, 9, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros. A decisão foi motivada pelo tratamento e julgamento considerados injustos com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Trump também citou como justificativa, o suposto desequilíbrio nas relações entre Brasil e Estados Unidos, desfavorável para os americanos.
O líder do governo Lula, José Guimarães (PT-CE), criticou o posicionamento e alegou que o Brasil não irá se submeter às imposições. O deputado disse que o Governo recorrerá à Lei da Reciprocidade como resposta à tarifa. “Não vamos aceitar a decisão do governo americano pois ela fere a soberania e a democracia brasileiras. Tomaremos medidas à altura dessa agressão contra o Brasil”, afirmou.
André Figueiredo (PDT-CE) também reagiu ao criticar os que “aplaudem um presidente estrangeiro” que desfavorece o Brasil a favor de interesses políticos. Disse que a tarifa fere a economia e a população brasileiras e que a submissão não é uma escolha. “Isso não é patriotismo. Aqui, defendemos a nossa soberania”, declarou o parlamentar em suas redes sociais.
Já o senador Eduardo Girão (Partido Novo-CE) disse que a medida é resultado da censura à liberdade de expressão no Brasil. Segundo ele, o Senado possui parcela da culpa na taxação de Trump por ter “se omitido” até o momento. “A sanha de perseguição política no regime ditatorial vigente no país é responsável por essa tragédia anunciada”, afirmou.
Mauro Filho (PDT-CE) defendeu o diálogo direto com a presidência dos Estados Unidos. Para o deputado, a comunicação entre os canais da Secretaria de Comércio são insuficientes para resolução de crises maiores, como a atual. “Antes de fazer a retaliação, a melhor escolha seria procurar por uma comunicação aberta e direta”, sugeriu.
Danilo Forte (União Brasil-CE) citou a importância de não priorizar as relações pessoais sobre as comerciais. Disse que a política para interesses pessoais somente desfavorece a economia dos países, uma vez que gera insegurança para todos os setores. “É necessária maturidade para enfrentar o problema, sem discursos fáceis. Precisamos de um consenso para romper com a visão de que a política pode ser feita para roubo”, afirmou o deputado.
Luiz Gastão (PSD-CE) ressaltou a importância da cautela na resolução da crise. Para o parlamentar, é grande o papel da diplomacia a fim de manter o equilíbrio na relação entre Brasil e Estados Unidos. “Temos que entender que eles não podem afetar a nossa soberania. Precisamos negociar desprovidos de interesses ideológicos”, disse.
Por Maria Luíza Santos
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