A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira, 29, em Roma, na Itália, segundo informações do Ministério da Justiça. Ela estava foragida após ser condenada, em maio, a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas de dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A polícia italiana encontrou a deputada na capital do país, onde foi conduzida para uma delegacia. Agora, as autoridades aguardam os trâmites para sua possível extradição ao Brasil, onde deverá cumprir a pena.

A justificativa da viagem à Europa foi um suposto tratamento de saúde. Os passaportes de Zambelli foram bloqueados por decisão do Ministro Alexandre de Moraes e o nome da parlamentar consta, desde junho, na lista de difusão vermelha da Interpol. A deputada estava licenciada desde 20 de maio por questões de saúde.

O marido de Carla, Coronel Aginaldo de Oliveira, pediu licença da prefeitura de Caucaia para acompanhar a esposa foragida durante seu tratamento no exterior. O destino inicial era os Estados Unidos, porém, os dois seguiram viagem para a Itália e permaneceram no país.

Extradição e cassação

Após garantir a detenção, o Ministério da Justiça trabalha pela extradição de Carla Zambelli. As negociações entre Brasil e Itália já começaram.

Sobre a cassação, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que tomou nota da prisão de Zambelli.

“Aguardamos as manifestações oficiais do Ministério da Justiça e do governo italiano. É importante lembrar que as providências que cabem à Câmara já estão sendo adotadas. Cabe à casa deliberar apenas sobre a perda de mandato.”, afirmou nas redes sociais. (Colaborou Maria Luiza Santos)