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Ameaças de Eduardo Bolsonaro destroem articulações do PL
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Ameaças de Eduardo Bolsonaro destroem articulações do PL

Além das ameaças feitas a ministros do STF, o deputado apontou a artilharia aos presidentes da Câmara e do Senado. Com o movimento, Hugo e Davi devem se afastar da sigla
Tipo Análise
Eduardo Bolsonaro, deputado federal (Foto:  Cleia Viana/ Câmara dos Deputados)
Foto: Cleia Viana/ Câmara dos Deputados Eduardo Bolsonaro, deputado federal

Hugo Motta e Davi Alcolumbre não aceitaram bem as ameaças feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro. Os presidentes das duas casas conversaram sobre o movimento do filho de Jair Bolsonaro e vão retaliar dentro do parlamento. A ideia é evitar pautas do PL e deixar a ala radical do partido isolada. Os líderes da sigla na Câmara, Sóstenes Cavalcante, e no Senado, Marcos Rogério, tentam, a todo custo, diminuir a insatisfação, mas não vai ser fácil.

Para isso, principalmente Sóstenes, escalou dois deputados mais próximos de Motta para ampliar o diálogo. Altineu Cortes e Cabo Gilberto Silva já fizeram chegar a Hugo Motta que há, dentro da bancada, insatisfeitos com as lives feitas por Eduardo. Já houve, também, por parte dos dois e de Flávio Bolsonaro, o pedido para que Eduardo pegue leve com Motta e Alcolumbre.

Os diálogos, porém, ainda não surtiram efeito. O PL da Anistia, pauta principal do partido na Câmara, está enterrado e não será votado enquanto Hugo Motta for presidente, garantem aliados do presidente. O possível impeachment de Alexandre de Moraes também não sairá da gaveta de Davi Alcolumbre. Além disso, é extremamente improvável que a CPI do INSS seja presidida por um nome do PL.

Os trabalhos no Congresso voltam na próxima terça-feira, 5 de agosto. Já na segunda, o presidente Hugo Motta quer marcar uma reunião de líderes. Lá, ele vai deixar claro o descontentamento com o tarifaço, mas, principalmente, com a conduta de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.

Colaborou Maria Luiza Santos, especial para O POVO

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