Danilo Forte crava que Ciro será candidato ao governo
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
Foto: Samuel Setubal
DEPUTADO federal Danilo Forte: "Ele (Ciro) será nosso candidato"
Semana passada, a Câmara dos Deputados viveu dias de incerteza. Normalmente, as pautas da semana são definidas em reunião de líderes - cada partido manda um representante para o colegiado com suas prioridades e, lá, em consenso, eles definem o que vai ser votado. Teve reunião na terça e nada foi definido. Na quarta, marcaram de novo um encontro para 11h, mas só foi ocorrer, mesmo, às 19h30.
O relógio já batia 19h quando Danilo Forte apareceu no Salão Verde. Ele se dirigia à sala onde, normalmente, ocorre o encontro. Naquele dia, porém, Hugo Motta marcou o encontro para a Residência Oficial da Câmara - chamada de R.O. (sim, tudo em Brasília vira sigla). Corri para avisá-lo, mas uma visitante o encontrou primeiro para reclamar do governo Elmano de Freitas. "Tá tudo ruim, deputado", disse a senhora.
Danilo nem titubeou. "Mas a senhora pode ficar tranquila, que o Ciro tá vindo aí", respondeu. Aí, um colunista chatão (eu) interrompeu o diálogo, cortando a mulher (desculpa, senhora). "Confirmado já, líder?", perguntei. "Tô te falando… ele será nosso candidato", disse o deputado.
Mauro e Danilo trocam farpas por PL do INSS
Do Salão Verde, Danilo seguiu para o local correto da reunião. Já era o segundo encontro de líderes da semana, e ele estava lá como relator do Projeto de Lei que quer acabar com os descontos em folha de pagamentos de pensões e aposentadorias pelo INSS. Ainda na terça, logo depois que Danilo apresentou o texto, o líder do PDT, Mário Heringer, pediu a presença de Mauro Benevides Filho na reunião.
Mauro tem um projeto de lei semelhante e é unanimidade no Governo quando o assunto é economia. Sem citar Danilo, o pedetista reclamou da proposta de tirar do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, a indexação dos juros do consignado. "Eu sei que o governo tem maioria no Conselho Monetário Nacional, mas está muito claro a razão da mudança", afirmou Mauro, deixando a bola ali, quicando, pra eu perguntar. "Lobby bancário?", questionei. Ele sinalizou com a cabeça que sim. "Eles são fortes, né?!", disse rindo. Claro que fui procurar Danilo Forte para saber o lado dele. Se Mauro é unanimidade no Governo quando o assunto é economia, Danilo não fica atrás - mas do lado da oposição. O deputado do União também não citou o colega, mas foi mais duro nas críticas. "Não se fala de corda na casa do enforcado. O PDT é um dos culpados das fraudes, era titular do ministério e estava na cena do crime. Todas as medidas do meu relatório são para preservar e garantir as pensões e aposentadorias", disparou.
Todos os olhos no STF, menos dois
Amanhã, começa o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Serão cinco dias de julgamento com a presença de 500 profissionais de imprensa e mais de 3 mil inscritos interessados em acompanhar as sessões da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. O POVO vai transmitir cada segundo da audiência, com bastidores, informações quentes, textos informativos e opinativos em todas as plataformas.
Todos os olhos estarão voltados para o STF. Quer dizer, quase todos. O presidente Lula disse que não vai acompanhar o julgamento. "Não vou assistir. Tenho coisa melhor pra fazer", afirmou. Já, você, por favor, acompanhe tudo n'O POVO, tá?
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