Articulação cresce e anistia pode entrar em pauta após julgamento
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
Articulação cresce e anistia pode entrar em pauta após julgamento
Após reunião com Bolsonaro, Arthur Lira chegou a indicar a Hugo Motta um nome para a relatoria para que a votação ocorresse ainda nesta semana. Governo conseguiu frear avanço
Foto: Kayo Magalhaes/Agência Câmara
Arthur Lira
O projeto de lei da anistia avançou e pode ser votado após o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus na primeira turma do Supremo Tribunal Federal. A ideia da oposição era votar ainda nesta semana, mas a iniciativa foi freada por Hugo Motta e pela base. Com o desembarque do União Progressista do governo Lula, porém, a matéria tende a ir para o plenário em duas semanas.
A reunião entre Jair Bolsonaro e Arthur Lira surtiu efeito. Lira conversou com outros líderes do Centro e conseguiu apoio para levar o texto ao plenário. Ele chegou a indicar um relator para o texto: o deputado Tião Medeiros, do PP. O nome, contudo, não foi confirmado.
Com a pressão de direita e centro, Hugo Motta convocou os líderes governistas para reunião na residência oficial. Foram para o encontro José Guimarães, Lindbergh Farias, Odair Cunha e Pedro Campos. Lá, eles conseguiram frear a investida e seguraram a votação durante o julgamento — ou seja, para esta e para a próxima semana. Não há, porém, como segurar a articulação depois disso.
"A anistia não vai ser votada no dia de hoje e também não vai ser na semana que vem. Seria uma interferência completamente indevida. Mas, uma preocupação minha, e que tem toda uma construção para pautar isso depois do julgamento", afirmou Lindbergh Farias.
Articulação terá jantar e reunião com Tarcísio
Três movimentos políticos ainda nesta terça-feira podem pavimentar a votação do PL da anistia. Hugo Motta vai se reunir com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em Brasília. Ambos são do mesmo partido, o Republicanos, e a votação inclui o apoio de Jair Bolsonaro a Tarcísio nas eleições de 2026.
Outro movimento é de partidos que, ainda, fazem parte da base governista. PP e União Brasil, unidos em federação, vão anunciar o desembarque do governo, com a entrega dos dois ministérios que ocupam: Turismo e Esporte.
A noite, um jantar do PL vai contar com a presença de Valdemar Costa Neto vai afinar a estratégia para a votação do PL da Anistia ainda em setembro. A ideia é convencer não só Hugo Motta a pautar o texto, mas também o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre.
Vale lembrar que, como é um Projeto de Lei, o texto precisa ser votado nas duas casas e depois passar por sanção presidencial. Ou seja, para que haja Anistia, ela teria que passar pelo crivo do presidente Lula. Caso Lula vete o PL, mas a rejeição seja derrubada, ainda resta ao governo recorrer ao STF por considerar a anistia inconstitucional.
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