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Moses elogia Cid; Lupi esperava 'Dia do Fico' de Ciro
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Moses elogia Cid; Lupi esperava 'Dia do Fico' de Ciro

Após conversa com Ciro, o presidente do PDT, Carlos Lupi, mantinha a esperança de Ciro seguir na sigla. No parlamento, Moses deixa a rivalidade de lado
Tipo Opinião
Senador Cid Gomes  (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Senador Cid Gomes

Durante a apresentação do relatório feito para o Plano Nacional de Educação (PNE), que vai definir metas e orientar o ensino até 2035, o deputado Moses Rodrigues comentou a possibilidade do senador Cid Gomes ser o responsável pelo texto no Senado, uma vontade do presidente da Casa, Davi Alcolumbre. Segundo Moses, o diálogo entre Câmara e Senado é constante e Cid é um parlamentar qualificado. "A presidente Tábata tem mantido contato permanente com o Senado, mas precisamos aguardar a decisão do presidente Davi com relação ao relator no Senado. O senador Cid Gomes é um nome bastante qualificado e, tenho certeza, se for relator, irá contribuir bastante com o texto", afirmou Moses.

Para o texto chegar ao Senado Federal, ele precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados. A ideia é fazer isso até o fim deste ano. "As contribuições e discussões que fizemos aqui em Brasília, na Comissão Especial, contaram com mais de 3 mil emendamentos de 76 deputados, algo que fez com que a gente melhorasse o texto e criássemos novas diretrizes e objetivos para a educação no Brasil", comentou o relator.

Para Cid, Eduardo Bolsonaro ressuscitou Lula

Por falar em Cid Gomes, o senador e líder do PSB na Casa Alta não tem pressa para definir o futuro do grupo político que compõe a base governista no Ceará. Por mais que haja chuva de pré-candidatos ao Senado e a vontade do PSD de ficar com a vice de Elmano - único nome garantido na chapa - o martelo só será batido em agosto do ano que vem.

Cid se apoia nos últimos eventos políticos e chegou a citar Lula e Eduardo Bolsonaro para se justificar. "Está cedo, ainda. A política não é estática, temos que ir sentindo as coisas. Olha aí o governo do Lula. Há três meses, era tido como um governo fadado ao fracasso. A atuação de uma pessoa, filho do Bolsonaro, acabou dando a recuperação", opinou Cid.

Lupi queria 'Dia do Fico' de Ciro

A sede do PDT ficou cheia durante a filiação de Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte (MG). Ministro, deputados, senadores e nomes fortes da sigla vieram a Brasília para acompanhar o desembarque do mineiro, mas Ciro Gomes, já afastado da Executiva Nacional do partido, não compareceu.

Naquele dia, o presidente do PDT, Carlos Lupi, confidenciou que ainda tinha esperança na permanência de Ciro no partido. "Espero que ele resolva as próprias angústias e fique na casa dele. Eu ainda espero o 'Dia do Fico' do Ciro", disse Lupi. Dois dias depois, porém, o PSDB anunciou a data de filiação do ex-governador.

PDT quer mais espaço no governo

Estratégia política é como participar de uma guerra: perde-se terreno de um lado, busca-se conquistas do outro. Num prazo de 20 meses, o PDT perdeu os Ferreira Gomes e quase uma centena de lideranças regionais. Agora, o partido busca mais espaço no Governo Federal, já pensando nas eleições de 2026. Na última semana, o deputado André Figueiredo se reuniu com Gleisi Hoffmann para cobrar reciprocidade do governo Lula ao PDT, que sempre entrega votos. A sigla quer mais cargos e visibilidade. A ministra recebeu bem o pedido

"Esse diálogo já foi feito com o presidente Lula, então estamos no aguardo, mas dialogamos com a ministra Gleisi que o PDT ainda se sente preterido em relação a determinadas questões que outros partidos são bem aquinhoados. O PDT acha, como aliado histórico do PT, do governo e do campo em que nós atuamos, que nós deveríamos ter um espaço maior, até porque o processo eleitoral é cruel", afirmou Figueiredo.

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