Incoerência e misoginia: parlamentares repercutem volta de Ciro ao PSDB
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
Foto: FÁBIO LIMA
Ciro Gomes e Tasso Jereissati na filiação do ex-ministro ao PSDB
O xadrez político cearense mudou com a ida de Ciro Gomes ao PSDB para, provavelmente, concorrer ao governo do Estado. A coluna repercutiu o assunto com parlamentares do Estado, que opinaram sobre o novo tucano e a formação da oposição no Estado.
Girão se sente traído
O senador Eduardo Girão (Novo), que é pré-candidato ao governo, enxerga a volta de Ciro como algo legítimo, mas fez críticas à presença de bolsonaristas e de integrantes do União Brasil no evento de filiação. A articulação com a direita para candidatura ao executivo do estado, para ele, já mostra falta de coerência.
"As pessoas querem ver coerência na política. O que a população acha de uma pessoa que antes fazia críticas pesadas à parlamentares sobre corrupção e agora atua juntos destes? Isso é algo preocupante. O que é que esse alinhamento defende? Vale tudo para derrotar o PT? Eu não acredito que os fins justificam os meios", falou.
"Gosto de gente que respeita mulher", diz Fernanda Pessoa
Os ataques feitos por Ciro à prefeita de Crateús, Janaína Farias, ainda ecoam no Congresso. Principalmente, nos ouvidos da deputada Fernanda Pessoa. Para ela, Ciro Gomes deveria estar fora do jogo político pelos diversos ataques do ex-ministro a mulheres.
”Ciro pode morrer pela própria língua afiada. Ele é uma pessoa altamente inteligente, não tiro o mérito dele, mas eu gosto de gente que respeita mulher, não só porque nós somos a maioria, mas porque merecemos respeito”, disse a deputada.
Para Gastão, movimento é natural, mas abre o olho da base
Para Luiz Gastão (PSD), o foco deve estar nas propostas que beneficiam o Ceará. Segundo o deputado, planejar o futuro político do estado deve ser a prioridade da bancada. Ele, porém, acena para o governo Elmano.
“Estamos fazendo parte do governo e queremos participar da discussão da chapa que vai concorrer às eleições. Agora, claro, nós temos que discutir o projeto para o Ceará, nós temos que discutir as próximas ações que beneficiam o estado”, afirmou.
E o Cid?
Claro que a coluna procurou o senador Cid Gomes para repercutir a filiação do irmão ao PSDB, mas deu de cara com a parede. Por um problema no embarque do vôo, o senador não veio a Brasília esta semana. Como a próxima semana tem feriado (Dia do Servidor Público), o Senado terá sessões semipresenciais. Cid só volta à capital no dia 4 de novembro. (Colaborou Maria Luiza Santos)
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