João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
Foto: João Paulo Biage/O POVO
Evento de filiação de Roberto Cláudio ocorreu nesta quarta-feira, 5, em Brasília
É batata! Evento do União Brasil ou do PL é certeza que o almoço vai ser na churrascaria Rio Brasa — restaurante com rodízio de carnes mais renomado de Brasília. O preço não é convidativo (R$ 223,00 por pessoa), mas o cheiro... Cheguei e, mais uma vez, sentei do lado de fora para esperar Roberto Cláudio e cia. Com ele, na mesa, estavam José Sarto, Capitão Wagner e políticos locais da oposição.
O evento, na sede nacional do partido, que fica a poucos passos do restaurante, estava marcado para 14 horas. O relógio já batia 13h40min e nada do pessoal sair. Vi Roberto Cláudio em pé, entrei no restaurante com muita confiança — para que o segurança não me barrasse — e fui direto falar com ele. No caminho, um encontro inusitado: Nikolas Ferreira estava lá, mas nada tinha a ver com a filiação de RC. Como a sede do PL é no mesmo prédio da do União Brasil, ele só foi lá para almoçar, mesmo.
Puxei RC e gravei com ele. No áudio, é possível ouvir o tilintar dos talheres em meio ao discurso do ex-prefeito. “A gente tem, o que parecia improvável para muita gente, uma frente ampla e unida coesa de oposição que envolve partidos diferentes e personalidades políticas diferentes”, citando Ciro Gomes, Wagner, Tasso Jereissati, Eduardo Girão e ele próprio.
Fim do almoço. Todos atravessamos a rua para esperar Ciro. O ex-ministro da Fazenda desce do carro e vai cumprimentando um a um. No meio do caminho, o abraço mais longo e afetuoso é dado a Wagner. A troca de carinho ocorreu, também, no evento, quando Ciro disse se arrepender das críticas feitas ao antigo opositor e que só as fez por ‘solidariedade cega’ a Cid. Wagner retribuiu, dizendo que vai retirar os processos que tem contra Ciro.
Começa o evento de filiação. Numa sala apertada, autoridades se amontoam para acompanhar a solenidade. Na mesa, Ciro Gomes, Ronaldo Caiado, ACM Neto, Antônio Rueda, Capitão Wagner e Roberto Cláudio. Na plateia, presença reforçada do PL, representada, principalmente pela vereadora Priscila Costa e pelo deputado federal Matheus Noronha.
No fim, entrevista coletiva com foco em Ciro. Ele, mais uma vez, alfinetou o irmão. “No regime mais corrupto da história do Ceará, tá lá o Cid dizendo amém”, afirmou antes de deixar a sala do União Brasil. De lá, pegou elevador e foi embora com vários recados mandados e um recebido: União Brasil, PL e PSDB querem Ciro candidato ao governo do estado. Só falta ele aceitar.
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