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Como os políticos cearenses repercutiram a prisão de Bolsonaro
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Como os políticos cearenses repercutiram a prisão de Bolsonaro

Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado, 22
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Bolsonaro tentou romper tornozeleira eletrônica (Foto: Samuel Setubal/O POVO/Reprodução/PF)
Foto: Samuel Setubal/O POVO/Reprodução/PF Bolsonaro tentou romper tornozeleira eletrônica

 

Com a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL), o governador Elmano de Freitas (PT) e os deputados federais do Ceará reagiram à decisão do ministro Alexandre de Moraes de transformar em preventiva a prisão domiciliar do ex-presidente. Os políticos estiveram presentes nesta segunda-feira, 24, na comemoração dos 190 anos da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) e repercutiram a operação da Polícia Federal.

Para Elmano, a prisão era esperada, uma vez que Alexandre de Moraes tinha comprovações de uma possível tentativa de fuga, como a violação da tornozeleira. “Ninguém viola uma tornozeleira para ficar em casa. Se ele quebrou, é para ir para algum lugar. O ministro Alexandre de Moraes mostrou muito equilíbrio e respeito à imagem de Bolsonaro. Eu acredito que a decisão foi sensata”, afirmou o governador.

Segundo o líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT), a prisão do ex-presidente serve de exemplo para aqueles que tentarem contra a democracia no Brasil. “Teve um problema grave que foi o rompimento da norma estabelecida pelo Supremo e o Bolsonaro está cumprindo a consequência desse descumprimento. Que sirva de exemplo, pois ninguém interfere no andamento das instituições da República”, disse Guimarães.

O deputado Luiz Gastão (PSD) pensa diferente. A prisão preventiva foi uma ação precipitada e sem necessidade para o parlamentar. “Acho que não havia necessidade, pois ele já estava em prisão domiciliar, com vigilância permanente. Bolsonaro tem uma deficiência em decorrência da facada e de outros problemas sérios. Levar ele para prisão de forma antecipada e submetendo essa questão, eu acho que é desnecessário, e acho que não existia risco de fuga”, declarou.

Ao responder sobre a violação da tornozeleira eletrônica, Gastão disse que foi um erro da parte do ex-presidente. “Decerto foi um comportamento equivocado dele. Agora, eu acho que isso também não seria para fugir, porque se ele quisesse fugir, era só cortar o lacre da tornozeleira. Mas eu não faço juízo de valor, não estou para defendê-lo”.

Eunício Oliveira (MDB) acredita que a decisão de Moraes foi correta, mas o parlamentar acha que comemorar a prisão de Bolsonaro é inadequado. “Quem tem bom senso não vai aplaudir a prisão de Bolsonaro. Isso é simplesmente a justiça sendo feita para alguém que violou uma medida do Supremo Tribunal Federal. A prisão dele é uma consequência para alguém que tentou violar a democracia no Brasil”, falou.

A deputada Fernanda Pessoa (União) também acha que a prisão preventiva foi desnecessária. De acordo com ela, Bolsonaro deveria permanecer em prisão domiciliar, pelo estado clínico do político. “Ele tem moradia fixa, está doente, debilitado. Para mim, ele deveria ter ficado em casa, pois não havia necessidade de ir para a Polícia Federal Porém, eu não sou do judiciário, então que a decisão esteja a par dos ministros que estão julgando o caso”, opinou.

Já o ministro da Educação, Camilo Santana, esquivou. “Decisão judicial se cumpre”, resumiu.

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