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"Michelle foi autoritária e constrangedora", diz Flávio Bolsonaro
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

"Michelle foi autoritária e constrangedora", diz Flávio Bolsonaro

Senador afirmou que Bolsonaro autorizou apoio do PL a Ciro Gomes. Ciro é o plano A para diminuir o palanque de Lula no Ceará
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Flávio Bolsonaro convocou vigília para orar pelo pai neste sábado, às 19h, em Brasília (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado Flávio Bolsonaro convocou vigília para orar pelo pai neste sábado, às 19h, em Brasília

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) repercutiu o discurso da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no evento que lançou, oficialmente, a candidatura de Eduardo Girão (Novo-CE) ao Palácio da Abolição. Na ocasião, Michelle disse que André Fernandes (PL-CE) se precipitou ao fechar apoio a Ciro Gomes (PSDB-CE).

Logo depois, André afirmou que o movimento foi autorizado por Jair Bolsonaro, informação confirmada pelo senador e filho de Jair, Flávio Bolsonaro. “A Michelle atropelou o próprio presidente Bolsonaro, que havia autorizado o movimento do deputado André Fernandes no Ceará. E a forma com que ela se dirigiu a ele, que talvez seja nossa maior liderança local, foi autoritária e constrangedora”, disse Flávio, com exclusividade à coluna.

A ideia do ex-presidente, ao autorizar o apoio a Ciro, é reduzir o palanque de Lula e do PT no Ceará e no Nordeste. “Partindo do princípio que Ciro é candidato ao governo do Estado e não será um palanque de apoio a Lula, há uma janela de oportunidade para diminuir a força local de Lula para presidente”, apontou o senador.

A conta política ainda inclui Priscila Costa como candidata à Câmara dos Deputados, como puxadora de votos, e Alcides Fernandes, pai de André, como candidato ao Senado. O acordo com Ciro é para que Alcides esteja no palanque com o candidato ao governo, sendo o nome do grupo para o segundo voto ao Senado. Flávio ainda garantiu que todas as decisões tomadas, politicamente, pelo PL, serão feitas pelo pai dele.

“Michelle não é política e precisa entender que a forma de tomar uma decisão às vezes é mais importante do que a própria decisão. A decisão sobre as candidaturas majoritárias nos estados não é pessoal da Michelle, nem minha, nem de Valdemar. O mecanismo será uma discussão interna feita por um grupo, do qual ela faz parte, e depois a decisão final será, sempre, de Jair Messias Bolsonaro”, concluiu.

Ciro Gomes nega telefonema

A coluna também procurou o pré-candidato da oposição ao governo do Ceará, Ciro Gomes, para confirmar o telefonema relatado por André Fernandes. Em entrevista, o deputado disse que Bolsonaro pediu para os parlamentares ligarem em viva-voz para Ciro, algo que, segundo Ciro, não ocorreu. “[O telefonema] nunca aconteceu”, afirmou o ex-governador à coluna.

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