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O que dizem o Centrão e parlamentares sobre a candidatura de Flávio?
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

O que dizem o Centrão e parlamentares sobre a candidatura de Flávio?

Republicanos se sente traído, já que esperava o apoio do ex-presidente a Tarcísio de Freitas. Outros partidos de esperam desistência de Flávio antes das eleições
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FLÁVIO Bolsonaro afirmou que o pai o designou como herdeiro político (Foto: EVARISTO SA/AFP)
Foto: EVARISTO SA/AFP FLÁVIO Bolsonaro afirmou que o pai o designou como herdeiro político

A direita parecia unida. Os governadores que querem ser candidatos à presidência - Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-SC) - participaram de eventos juntos, cortejaram a família Bolsonaro, mas o ex-presidente, mais uma vez, priorizou os filhos e escolheu o senador Flávio Bolsonaro como sucessor.

O Republicanos, partido de Tarcísio, se viu traído. O presidente da sigla, Marcos Pereira, afirmou só ter tido conhecimento do apoio de Bolsonaro ao filho pela imprensa. O governador de São Paulo, porém, não vai poder reclamar. Tarcísio de Freitas, colocado no comando do maior estado do país pela força política do ex-presidente, vai tentar a reeleição. Uma ala do partido, porém, defende a liberação dos diretórios estaduais, sem um comprometimento nacional.

Os outros partidos ainda ensaiam os próximos passos. Ronaldo Caiado, do União, garantiu que permanece como candidato. No PSD, o sentimento é que Ratinho Júnior tente vaga no Senado. Sem um nome de grandes chances na centro-direita, a tendência é que também não haja um apoio maciço das duas siglas a Flávio Bolsonaro. Quem sai ganhando é Lula e o PT.

Parlamentares cearenses repercutem

A coluna procurou parlamentares cearenses para repercutir a escolha feita por Jair Bolsonaro. Danilo Forte, do União Brasil, vê chances de Flávio Bolsonaro desistir no meio do caminho. "Eu acho difícil ir até o final. Penso que ele ainda vai abrir para o Tarcísio", opinou.

O senador Eduardo Girão considerou o movimento interessante, ressaltou bom relacionamento com o colega de Congresso e destacou a união da direita contra o partido do presidente Lula. "O nome dele se une a outros excelentes quadros nacionais, com experiência em gestão, como Tarcísio e Zema, que, em Minas, pegou "terra arrasada" pelo PT e reergueu o Estado. O Brasil clama por mudança e tem boas alternativas", avaliou.

Messias já tem votos necessários para ser ministro

O desentendimento público entre o governo e o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), teve uma trégua e isso facilitou a vida de Jorge Messias. Líderes de MDB, PSD e União Brasil já falam em aprovar a indicação do presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal. Somados os votos de PT, PDT e PSB, que fecharam questão para votar a favor, Messias já tem 47 votos - 6 a mais que os 41 necessários para aprovar a indicação.

A sabatina e a análise do nome de Messias na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário do Senado, porém, ficaram para 2026. A expectativa é que o processo de confirmação de Messias no STF ocorra em fevereiro do ano que vem.

 

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