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Itataia sem pedras no caminho
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Itataia sem pedras no caminho

Tipo Análise
Mina de urânio e fosfato de Itataia.  (Foto: Fabio Lima/O POVO) (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Mina de urânio e fosfato de Itataia. (Foto: Fabio Lima/O POVO)

Não há pedras no caminho para que finalmente a mina de Itataia seja explorada, em Santa Quitéria. A Galvani (privada) - com 80% do negócio - e a estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) assinam protocolo com o Governo do Estado na segunda-feira.

A operação é adubada pelo agronegócio. Apenas 10% da exploração será urânio. O grosso mesmo será fosfato bicálcico, principal fonte de fósforo nos suplementos minerais para o gado e, devido ao seu preço, capaz de pesar de 75% a 85% no custo final de uma mistura de suplemento. Hoje, o Brasil importa 72% do que consome.

A produção anual de fosfato (usado também na produção de fertilizantes) é estimada em 900 mil toneladas por ano (t/a), a ser processado no Ceará, em local ainda não definido 100%. Santa Quitéria mesmo ou Pecém são hipóteses. Já o concentrado de urânio é projetado em 1.600 t/a. Este urânio deve ser processado fora do Ceará, provavelmente no Rio.

Pretendem começar a mineração em fevereiro de 2023. Para tanto, desenharam um cronograma com licenças prévias que devem sair até maio de 2021. Contam com a Licença de Instalação para janeiro de 2022. Os projetos de engenharia já começaram e consideram possível aprontar em 2022 ainda.

O tempo de exploração da mina é de 26 anos.

É commodity, mas tomando por base a projeção de 2.350 milhões de toneladas ao ano, eis uma bela carga para movimentar Pecém e Mucuripe. Dá mais de 10% de impacto no que é movimentado hoje.

LEIA TAMBÉM: Mina de Itataia. O risco da contaminação da água

DE SOBRAL

Minério de ferro do Ceará para a China

Acontece hoje, no começo da tarde, a primeira exportação de minério de ferro do Ceará para a China. O minério sai de minas na Zona Norte do Estado, perto de Sobral, e segue a partir do Porto do Mucuripe. No final do ano passado a Companhia Docas do Ceará assinou o contrato com a empresa MDN Mineração, de Campinas (SP). São dois navios com capacidade de 45 mil toneladas cada um, podendo chegar a 300 mil toneladas por ano até 2021. O contrato melhora os números do Mucuripe em granéis sólidos.

LEIA TAMBÉM: Porto de Fortaleza vai exportar minério de ferro a partir de 2020

CIBERSEGURANÇA

Porque precisam de especialistas

Rawlison Brito
Foto: CAMILA DE ALMEIDA
Rawlison Brito

Um dos entrevistados do programa do Anuário do Ceará 2020-2021 na TV O POVO (os 22 programas ficam disponíveis em www.anuariodoceara.com.br), o fundador e CEO da Morphus Segurança da Informação, Rawlison Brito, com matriz em Fortaleza e bases em Santiago e Lisboa, responde: as grandes companhias precisam de uma empresa especializada em cibergurança para dar suporte aos times próprios porque esta tem a possibilidade de conviver em ambientes diversificados, o que permite mais insights do que uma equipe restrita a uma só. Ele hoje atende a grandes players nacionais e internacionais.

OS GRENDENE

O que trouxe Mizuno

A saída da marca Mizuno da Alpargatas, dona da Havaianas, para a Vulcabras/Azaleia, depois de 23 anos, já tinha o Ceará como destino certo, mas ganhou o reforço do Governo logo que foi confirmada. Na manobra, agiram o governador Camilo Santana (PT) e o secretário Maia Jr, da Sedet. O em breve senador (assume como segundo suplente de Cid Gomes) Júlio Ventura Neto foi ouvido. Amigo da família Grendene, confirmou o assédio por outros estados, como a Bahia. Mas a Vulcabras decidiu por Horizonte (CE), onde já está. Camilo ensaiou ir até Pedro Bartelle Grendene, presidente da empresa, mas ele se dispôs a vir ao Palácio da Abolição ontem, onde almoçaram.

A Vulcabras deixa a Azaleia, com faturamento de R$ 100 milhões por ano, para se concentrar no segmento esportivo (já faz Olympikus e Under Armour) com Mizuno, de R$ 444 milhões como receita em 2019. Paga R$ 200 milhões pela marca. As três esportivas serão produzidas na Bahia e em Horizonte, onde haverá anunciado os novos três mil empregos.Já a marca de calçados femininos Azaleia, da Vulcabrás desde 1956, fica com a Grendene, do irmão Alexandre, cuja base da produção é Sobral (CE).

Horizontais

Ajuda - O Grupo Bureau Veritas, líder mundial em Teste, Inspeção e Certificação, promoveu a produção de máscaras nas famílias dos funcionários do Ceará e depois comprou e distribuiu para os profissionais de serviços essenciais. A empresa tem receita global de 4,6 bilhões de euros. Está em 140 países.

Jogo Rápido - O Ceará insiste em trazer não apenas a manufatura de calçados, a parte barata. Quer o design. Até hoje não conseguiu.

 

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