Depois de seis anos, a gestora de fundos de private equity General Atlantic (GA) vendeu a sua participação na Arco Educação, a cearense com ações listadas na Nasdaq, em Nova York. A leitura média do mercado é de que a operação foi muito boa para todo mundo. Para quem sai, para quem fica e para quem for comprar. A saída teria sido movida pelo desejo de realocação de recursos no tempo de crise. Concluíram um ciclo.

O primeiro aporte foi em 2014, quando adquiriu 20% do negócio criado por Ari de Sá Neto e seu pai Oto de Sá Cavalcante. Em 2017, ampliaram a participação para 26%. GA não tem do que reclamar. Investiu R$ 200 milhões e tira algo como R$ 2,2 bilhões. Havia posto à venda metade em outubro e a outra metade esta semana.

Foram engenhosos desde o princípio. Em 2019, um ano depois do IPO, venderam uma boa parte para ainda ficar com 10% agora vendidos para concluir a saída. Conseguiram em duas horas. Uma aula na Bolsa. A liquidez irriga o humor do mercado. A pulverização das ações (free float) gera mais confiança pela abertura que representa.

A GA é conhecida pela agressividade e também pela competência na gestão financeira. Agora saindo da Arco, felizes com liquidez no bolso, deixam a expectativa de que o antigos parceiros toquem o negócio com a mesma habilidade.

Seis anos ensinam muito. Arco parece ter mesmo aprendido. Pai e filho têm o voto de qualidade(50,5% da empresa são de Oto e Ari). A GA vendeu a US$ 46 e a ação já voltou para mais de U$ 47. A Arco vale perto de US$ 3 bilhões.

COVID-19

O negócio dos testes

O Laboratório Argos fez 10 mil testes de Covid-19 no Ceará, no mês de maio e na primeira semana de junho. Do total, 59,14% deram positivo. Os vereditos são repassados para a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O exame realizado é o RT-PCR, que faz a detecção da doença a partir do material genético do vírus, coletado na nasofaringe do paciente. O laboratório fala em R$ 2,5 milhões investidos no segmento testagem, com equipamentos, capacitação e EPIs. Tem 12 unidades, sendo 10 em Fortaleza, uma em Sobral e outra no Cariri.

TJCE

Judiciário planeja a década

O presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Washington Araújo, diz que a Corte mantém a implantação do Plano Estratégico do Judiciário cearense. O Plano é o norte de projetos, ações e metas ao longo dos próximos 10 anos. O secretário de Planejamento do TJCE, Sérgio Mendes, conta que estudaram o impacto da pandemia nas atividades e, a partir daí, montaram a diretriz. O pessoal trabalha de casa. As oficinas e palestras a respeito do Plano serão realizadas pelo Instituto Publix.

À MESA

Bares e restaurantes terão de entregar o que cobram

Há uma nova fase a nascer com os bares e restaurantes pós-pandemia. A necessidade de novos protocolos de higiene e segurança sanitária inclui o distanciamento maior de mesas e cadeiras. Ou seja, menos gente ocupando espaço, menor ganho de escala. Menos escala, preços mais salgados para, digamos, fechar a conta. Ocorre que uma imensidão de gente que está aprendendo e gostando de cozinhar em casa, passou também a ter mais noção de custo. Está mais atenta a qual o preço de uma posta de peixe ou um pedaço de bife no supermercado. Naturalmente, a composição do preço no menu contém variáveis outras, tangíveis e intangíveis. Dentre as quais, sabor, conforto e serviço. Assim sendo, será preciso servir o que se cobra. Sabemos, isso nem sempre acontecia até as casas fecharem. Vejamos como irão abrir.

SUP

Aplicativo que junta exames

A idealizadora do aplicativo SUP (Sistema Único do Paciente) Ariella Lopes percebeu aumento na procura pelo público nestes dias de quarentena. O aplicativo serve como alternativa para quem necessita do atendimento, mas quer evitar o contato. O SUP foi desenvolvido no Ceará, há menos de um ano. O app guarda o histórico médico do paciente de forma detalhada: prontuário, medicações, enfermidades, alergias, fotos e exames. Tudo pode ser vinculado à conta do usuário com opção de compartilhamento para que outra pessoa possa acessar. Fica organizado em abas. O SUP é gratuito e está disponível para download no Android e no iOS.

VAREJO

Le Biscuit antecipa e-commerce

A baiana Le Biscuit, uma gigante do varejo nacional com forte atuação no Nordeste, investiu declarados R$ 25 milhões no comércio online. Correu para compensar os efeitos da pandemia nas 140 lojas em 14 estados, sendo 93 no Nordeste e nove no Ceará - 7 em Fortaleza, uma em Sobral e uma em Maracanaú. Também vai aumentar em cerca de 50% o mix. No segundo semestre, agenda uma inédita loja conceito interativa em Salvador. Os planos de transformação digital estavam previstos para os próximos três anos. Foram acelerados.