Fortaleza - A assinatura do memorando de entendimento do Governo do Ceará com a chinesa Mingyang Smart Energy, nesta quinta-feira (10), formaliza a intenção de a empresa se instalar, mas também sinaliza um novo pioneirismo do Ceará no setor eólico: a operação de complexo eólico offshore (no mar). Em se tratando de parques on shore, o Estado foi o primeiro com operação comercial, em 1998.

O governador Camilo Santana recebeu no Palácio da Abolição o vice-presidente da multinacional, Larry Wang.

A Mingyang Smart Energy é uma das três maiores do setor na China. Foi fundada em 1993, com sede em Zhongshan Guangdong. A empresa tem declarados nove mil funcionários e 16 fábricas. Quinze na China e uma na Índia. Além de energia eólica, trabalha com energia solar.

Segundo o Governo, ocupa a 37ª posição entre as 500 maiores empresas de novas energias do mundo e a primeira em inovação eólica offshore.

Maia Júnior, secretário do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, define a investida do Ceará na geração de energia eólica off shore como um novo marco para o setor no Estado e no País. Segundo ele, o Ceará mira nos investimentos de base, como a chinesa, e na geração, caso dos projetos da BI Energia  (italiana-belga). Quatro dos sete parques eólicos offshore atualmente em licenciamento no Ibama estão localizados no Ceará.

Maia participou do começo da experiência do Ceará com a energia dos ventos, em 1998, quando era titular da então Secretaria de Transportes, Energia, Comunicação e Obras (Seteco).

Ao lado de Camilo e Maia Júnior, estavam o assessor especial de Relações Internacionais, César Ribeiro; o secretário-executivo de Energia e Telecomunicações da Seinfra, Adão Linhares; e a secretária-executiva da Indústria (Sedet), Roseane Oliveira de Medeiros; além de empresários do setor.