Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
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Alexandre Sales concluiu ontem a primeira colheita de trigo no Ceará. Colheu 5.300 kg por hectare na área plantada e em apenas 75 dias. O apenas é pela referência do plantio em outras regiões. No Sul, 2.400 kg por hectare e no Cerrado algo em torno de 5.500 kg por hectare, mas com duração entre 140 a 180 dias.
O projeto é uma parceria com a Agrícola Famosa, a dona dos cinco hectares usados no teste. O CEO da empresa, Carlo Porro, disse à Coluna que empresa agora vê o trigo como uma provável alternativa para conciliar com o melão, a base da produção da Famosa, a maior exportadora do País. A intenção é ampliar a produção e testar novas variedades. A Famosa tem 30 mil hectares de terra no Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí.
"Um marco histórico para a economia do estado e para nosso negócio de trigo e derivados", disse Alexandre no final da tarde. Determinante para o sucesso da experiência é a semente desenvolvida pela Embrapa. A semente BR-264 foi preparada para áreas mais tropicais.
Alexandre afirma que o trigo a ser produzido será destinado ao consumo próprio da empresa dele, a Santa Lúcia Alimentos. Ele avalia ser possível melhorar a produtividade com maior acompanhamento e ajustes na cultura.
NO MAR
A assinatura ontem do memorando de entendimento do Governo do Ceará com a chinesa Mingyang Smart Energy sinaliza um novo pioneirismo do Ceará no setor eólico: a operação de complexos eólicos offshore (no mar) e a produção de equipamentos. Em se tratando de parques onshore, o Estado foi o primeiro com operação comercial, em 1998. Maia Júnior, secretário do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, define a investida no offshore como um novo marco para o setor no País. A se confirmar, o Ceará terá ido além da produção da energia, garantindo investimentos de base, assim como a dinamarquesa Vestas, fabricante de turbinas, já em operação. Em tempo: ele participou do começo da experiência do Ceará com a energia dos ventos, em 1998, quando era titular da então Secretaria de Transportes, Energia, Comunicações e Obras (Seteco).
NO MAR 2
Quem esteve ontem com os chineses da Mingyang Smart Energy - em Fortaleza desde a terça-feira - foi o empresário Lauro Fiúza. Ele vê o setor se mexendo e enxerga a produção offshore como uma revolução. Para ele, a expansão das usinas no mar deverá seguir o passo a passo já vivido pelas eólicas iniciais e a energia fotovoltáica. Um começo de custos mais altos e ávido por política energética nacional. "Energia é uma grande coletora de impostos, 50%". Caso os chineses decidam vir para o Ceará, iriam vender para cá e exportar daqui para as Américas. A empresa dele, a Servtec Energia, avança na geração distribuída com R$ 210 milhões brilhando na construção de 22 usinas de geração solar. Ao todo, 54 megawatts-pico (MWp) de capacidade. No ano passado, quatro unidades solares em São Paulo e na Bahia. Quanto a projeto de eólicas no Atlântico, diz que por ora não. Por ora.
PROJEART
Jeferson Von Haydin; Andre Leão, da Fornecedora Máquinas; e Auricélio Ximenes, da JA Distribuidora, assumiram o controle da Projeart Estruturas Metálicas, uma das maiores do Nordeste e fundada há 27 anos. No acervo, obras como o Shopping Iguatemi, o Shopping Parangaba, galpões da Aeris no Pecém, Grendene em Sobral e o Estaleiro Atlântico Sul em Pernambuco. Segundo Jeferson, a maior obra do momento são os galpões da Log Properties, com 50 mil m2.
TURISMO
O site de viagens Skyscanner publicou um artigo com 10 cidades pequenas que considera as mais bonitas do Brasil. Na lista, duas cearenses: a vila de Jericoacoara (Litoral Oeste) e Guaramiranga (Maciço de Baturité). A lista tem destinos como Pirenópolis (GO), Trancoso (BA) e Paraty (RJ).
Horizontais
Libras - A GOL anunciou ontem, Dia Mundial da Língua de Sinais, a iniciativa Libras a Bordo. Por meio de uma aplicação disponível no tablet dos comissários, é possível traduzir conteúdos digitais (texto, áudio ou vídeo) para a Língua Brasileira de Sinais.
Foco - Elias Leite, presidente da Unimed Fortaleza, está distante do consultório dele de otorrinolaringologista há cinco anos. Tomou gosto pela gestão.
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