
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
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Rio de Janeiro - O novo chefe da Casa Civil do Rio de Janeiro, o ex-diretor de Controle e Risco do Banco do Nordeste (BNB), Nicola Miccione, disse ao Blog que o governador interino Cláudio Castro (PSC), ele e o secretário da Fazenda Guilherme Mercês pretendem ter com o relator do novo Plano Mansueto, o deputado federal Mauro Filho (PDT) já na próxima semana. A intenção é mostrar a Mauro que daqui pra frente tudo vai ser diferente e e apresentar o rigor da nova gestão com as contas públicas.
Mauro havia apontado ao Blog o Rio como o exemplo do que o País não pode tolerar em termos de contas públicas. Falou do montante concedido ao Rio pela União ao Rio de Janeiro em 2017, 2018, 2019 e mais três meses deste ano: R$ 52 bilhões. Em linhas gerais, R$ 34 bilhões que deixou de pagar e outros R$ 18 bilhões pagos pelo Governo Federal a bancos a quem o Rio devia.
Noutros termos, disse que o Estado aderiu ao programa de recuperação fiscal, mas não honrou a confiança. Mauro comentou que o Rio quer mais R$ 100 bilhões em 10 anos. Mas não será como dantes. Avisou que pretende propor o endurecimento das regras para adesão. Também quer as metas sendo avaliadas a cada ano, e não a cada três.
Relembre aqui em Os R$ 52 bilhões imerecidos para o Rio
Nicola adiantou que a posição do Rio será a de demonstrar ao relator que o programa de recuperação fiscal é prioridade do Governo atual – interino, mas provavelmente a ser efetivado ante o improvável retorno de Wilson Witzel (PSC). Na lista ações, cortes de despesas. Há medidas simbólicas, como a redução da frota de carros oficiais, cujo impacto financeiro é pequeno diante do rombo, mas capaz de gerar confiança, pela crença do Palácio da Guanabara.
"Rio arrecadou R$ 230 bi para a União e recebeu um terço"
O governador do Rio também pretende demonstrar sua importância para as contas públicas nacionais. “O Rio correspondeu a R$ 230 bilhões na arrecadação de tributos federais em um ano, mas sabe quanto voltou para o Estado? Um terço disso”, afirmou Nicola. Ele faz uma analogia, se o estado fosse independente, resolveria todos os seus problemas. Desde que, reconhece, não houvesse o passivo que carrega.
À frente da Casa Civil fluminense, Nicola afirma ter missões administrativas. Ele lista a concessão da Cedae (a empresa de água e esgoto), o foco nos programas federais de infraestrutura e a modernização administrativa. Para assumir o posto na nova gestão pediu afastamento do escritório do BNB na Capital Carioca. Foi prontamente atendido pelo presidente Romildo Rolim. Nicola estava no escritório desde o ano passado, quando deixou a Diretoria do Banco. O alinhamento do Governo Bolsonaro com o Governo do Rio criou ambiente ainda mais favorável à liberação dele.
Desde a posse, Cláudio alterou cerca de metade do secretariado que herdou de Witzel.
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