Logo O POVO+
ESG não é apenas uma onda
Foto de Jocélio Leal
clique para exibir bio do colunista

Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

ESG não é apenas uma onda

Tipo Análise
Grazielle Parenti assume como vice-presidente de Relações Institucionais, Reputação e Sustentabilidade da BRF (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Grazielle Parenti assume como vice-presidente de Relações Institucionais, Reputação e Sustentabilidade da BRF

A decisão da BRF - uma das maiores companhias de alimentos do mundo, com 90 mil funcionários e dona de marcas como Sadia, Perdigão e Qualy - de criar uma vice-presidência de Relações Institucionais, Reputação e Sustentabilidade, mostra que ESG não é uma onda. ESG é a sigla de Environmental, Social & Governance, em tradução livre, ASG: Ambiental, Social e Governança. Para o cargo, uma mulher, o que ratifica que a cobrança pela presença feminina nos comandos das empresas também não é pontual. Grazielle Parenti assume partir de 1º de janeiro. Sob sua alçada, além das três áreas citadas no cargo, vai tocar a área Corporativa de Meio Ambiente e a Presidência do Instituto BRF.

Na BRF desde 2019 e com mais de 25 anos de experiência na indústria de alimentos, ela é formada em Administração de Empresas pela FGV, preside o Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) e é conselheira em diversas associações de classe. À Coluna ela disse ontem: "A criação dessa vice-presidência mostra a importância que a BRF dá para a agenda ESG e que espera ser uma agente de mudança junto com seus públicos de interesse. Fico feliz em ter sido nomeada para essa posição e ser a primeira mulher no atual Comitê executivo global da empresa".

Não, não são apenas as suas bolhas nas redes sociais, são muitas as empresas indo à busca deste conceito. Elas estão em diferentes setores. Uma porção delas na área financeira. A agenda ESG há muito deixou de ser uma pauta onguista para se tornar indicador para investimentos. Crimes ambientais ou sociais implicam risco para os negócios. No Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, em janeiro, as questões ambientais estavam no topo dos tópicos.

"A empresa não é uma ilha isolada que fica somente produzindo e vendendo para bater a meta prometida aos acionistas. Neste processo haverá muitos outros movimentos que impactarão negativamente ou positivamente o entorno e as pessoas que estão em contato", resume o professor Marcus Nakagawa, da ESPM (SP). Alguém já definiu: ESG é um olhar do setor financeiro sobre as questões de sustentabilidade. E como tudo o que envolve o financeiro, é preciso ser profissional.

TAP

O drama das aéreas na versão lusitana

O Governo de Portugal definiu um plano de reestruturação da companhia aérea TAP, novamente estatal. O contribuinte lusitano vai investir 1,6 bilhão de euros até 2024. A TAP teve um ano trágico, a exemplo de todo o setor aéreo. Fala-se em queda de 70% na demanda. Jornais portugueses cogitam a demissão de três mil funcionários, incluindo pilotos e tripulantes, além do corte de 25% no salário de funcionários. A frota de 101 aeronaves ficaria entre 13 e 16 aviões. Depois do Governo, vêm como sócios o empresário português Humberto Pedrosa (22,5%) - é sócio de Chiquinho Feitosa e Dimas Barreira na Autoviação São José, de Fortaleza, com cerca de 30% - e trabalhadores (5%).

PANDEMIA

A indiferença com a Covid-19 é geral

A barraca Ronco do Mar Cumbuco anunciou no Instagram um forró e uma caranguejada para a noite de ontem. Forró pé de serra e caranguejo na beira da praia, no Ceará. Melhor impossível. Aliás, possível: se não estivéssemos em plena pandemia. A indiferença com o quadro grave da Covid-19 não é caso isolado. Faz autoridades, cientistas, profissionais de saúde os mais diversos e a imprensa empurrarem uma pedra imensa montanha acima e depois vê-la rolar. Todos os dias. Sim, Sísifo. O desabafo de Angela Merkel para o povo alemão resumiu bem. Ok, a barraca pode dizer que o forró será dançado por pessoas do mesmo núcleo e que vai praticar distanciamento social no salão. Improvável. Nesse caso, xote não faz milagre acontecer.

Horizontais

Marcas - As 25 marcas mais valiosas do Brasil valem ao todo R$ 135 bilhões. Isto é 4% maior ante 2019. Quem aponta é a 20ª edição do ranking da consultoria de marca Interbrand. Pela ordem: Itaú (R$ 37,3 bilhões), Bradesco, Skol, Brahma e Natura. Elas equivalem a 77% do valor total.

Não correspondem aos fatos- Cinco correspondentes bancários foram proibidos permanentemente de oferecer crédito consignado em nome dos bancos. Decisão da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e da Associação Brasileira de Bancos (ABBC). Aplicaram a Autorregulação do Crédito Consignado, em vigor desde 2 de janeiro.

 

Foto do Jocélio Leal

Informe-se sobre a economia do Ceará aqui. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?