Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
O principal deveria ser a vacina, mas é o avanço da Covid-19 mundo afora, depois do maior relaxamento nas medidas de isolamento social e a evolução de novas cepas, quem definem o tom. O Brasil assiste a lentidão da aplicação dos imunizantes frente à clara onda de contágios mais severos. Este contexto diz respeito de modo direto com a saúde das contas públicas, já em apuros.
No ano passado, os recursos federais destinados ao combate da pandemia totalizaram R$ 416,04 bilhões - 12,47% dos gastos públicos. Destes, 56% foram destinados à auxilio emergencial de proteção social a pessoas, 14% destinados a auxílio financeiro aos estados, Distrito Federal e aos municípios, e 8% a benefício emergencial de manutenção do emprego e renda. São dados da União.
Em análise produzida pela equipe da BFA Assessoria em Finanças e Negócios, de Fortaleza, um alerta: em um ambiente ainda de incertezas, a dívida brasileira, que já seguia trajetória de alta, aumentou consideravelmente em 2020. A dívida bruta geral do governo é formada pelos passivos da União, estados e municípios. Em termos gerais, esses passivos podem ser agrupados em dívida mobiliária, operações compromissadas, dívidas bancárias e outras, e a dívida externa. "Normalmente divulgada em proporção (%) do PIB, a dívida bruta geral brasileira em 2020 bateu recorde chegando 98,59% do PIB em dezembro, agravando a situação fiscal".
Ademais, aponta que a instabilidade político-institucional, dentre outras consequências, resulta no aumento da desconfiança e, por conseguinte, do risco país, na desvalorização cambial, e em quedas nos investimentos. Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 34,16 bilhões em 2020, queda de 50% frente 2019, segundo dados do Banco Central. Há várias pandemias.
CEARÁ
O time que trabalha atração de investimentos para o Ceará tem esperança de ver estes dias a regulamentação para market place no Estado. Disto depende uma série de negociações com grandes empresas do setor, como Amazon, Lojas Americanas e Magalu.
PARACURU
A Terral Cervejas Especiais, marca idealizada dos cearenses Marcos Maia e João Walter Saunders, radicados em São Paulo, posiciona os rótulos com notas de cultura, sabores e praias cearenses. A produção segue o regime cigano (sem fábrica própria). Estreou em 2019 com a Iparana. Depois de uma pausa em 2020, lança em Fortaleza seu segundo rótulo, a Paracuru. A american lager foi produzida na HeyHo Cervejaria. Os rótulos da marca trazem uma poesia. O poeta da vez é Eduardo Escariz. O canal de vendas é o Instagram ( @harmonizeemcasa).
O cearense Marcus Vinícius Rodrigues teve uma vida curta no Governo Bolsonaro. Ficou de 22 de janeiro de 2019 a 26 de março daquele ano como presidente do Inep, o responsável pelo Enem. Foi quando houve a chamada comissão de inspeção do Enem. Na época, acatou as indicações e defendeu o uso do termo "regime militar" em vez de "ditadura". No último dia 11, o jornal O Globo revelara que a comissão sugeriu a troca do termo. O grupo barrou 66 perguntas alegando, por exemplo, risco de "leitura direcionada da história". Marcus é doutor em Engenharia da Produção.
O POVO - O senhor diz ser muito mais adequado em uma prova constar "regime militar" do que "ditadura". Por quê?
MARCUS VINÍCIUS - O debate entre os termos "regime militar" e "ditadura" surgiu dentro da comissão que criei no Inep. Nem toda a sociedade e historiadores brasileiros concordam com o termo ditadura para o período de 1964 a 1985. Já uma prova do Enem é feita para todos. Então porque manter um termo que pode trazer interpretações não confortáveis para alguns candidatos? Agora minha posição pessoal, independente da comissão é que o termo regime militar é mais adequado, sim. Foi um período lamentável, os excessos ocorreram nos dois lados. Mas é preciso lembrar que o movimento de 1964 surgiu a partir de um apelo da sociedade diante do caos da época. Naquele momento ele refletiu o sentimento da maioria da população. Durante o Regime Militar foi definido um norte para o Brasil, com infraestrutura e crescimento. Infelizmente tivemos lideranças dos dois lados que radicalizaram o processo. E o pós 1985, com a morte de Tancredo, e Sarney assumindo o governo foi dramático.
NEGÓCIOS DE IMPACTO
A cearense In3 (antes In3citi) foi o único caso no Nordeste e um dos 10 do Brasil no rol de 37 selecionados entre 120 de estudo da Latimpacto. A organização britânica tem braços no continente africano, na Ásia e está chegando a São Paulo. Dentre os critérios para a seleção, sustentabilidade financeira. A lista vai à mesa de investidores de todo o mundo atentos a negócios de impacto. No caso da In3, um sucesso é o aplicativo Nina. Ajuda mulheres a se proteger de assédio sexual no ônibus.
Novidade no pedaço - O grupo Menu Brands lança na quinta-feira a Buoni Slice, pizzaria a vender apenas fatias. Sim, é spin-off da Buoni Amici's. O grupo chega a 10 marcas. Opera no digital, iFood e tele-vendas, e presencial, no que chama de hub híbrido, na Parangaba.
Futebol - Teve costura política tricolor a manutenção do jogo de Fortaleza e Bahia pela Série A do Brasileiro.
Jogo Rápido - Segurar preço de combustível? Já vimos esse filme bomba antes. Lembram?
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