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Anfavea estuda rumo dos carros elétricos no Brasil
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Anfavea estuda rumo dos carros elétricos no Brasil

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, disse ao Blog durante entrevista coletiva nesta terça-feira (20) que está em fase final um estudo sobre a eletrificação da frota no Brasil. Até o final do ano as montadoras levarão ao Governo o resultado. A Anfavea olha primeiro para os marcos regulatórios sobre o tema no País, depois para o desejo dos consumidores em adquirir ou não um carro eletrificado
Luiz Carlos Moraes
presidente da Anfavea lidera setor a lidar com coronavírus e falta de suprimentos
 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Luiz Carlos Moraes presidente da Anfavea lidera setor a lidar com coronavírus e falta de suprimentos

São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, disse ao Blog durante entrevista coletiva nesta terça-feira (20) que está em fase final um estudo sobre a eletrificação da frota no Brasil. Até o final do ano as montadoras levarão ao Governo o resultado. A Anfavea olha primeiro para os marcos regulatórios sobre o tema no País, depois para o desejo dos consumidores em adquirir ou não um carro eletrificado.

Segundo ele, estão analisando como EUA, Europa, China e Índia estão lidando com a descarbonização. Nos dois últimos casos, realidades mais próximas da brasileira. Definida a regulação pelo Governo, as indústrias querem entender em que medida os brasileiros estão dispostos a pagar por um veículo elétrico puro, híbrido plug-in ou híbrido tradicional ante um automóvel a combustão.

“Com baterias mais modernas e eficientes, além de mais baratas, em um futuro próximo a distância de preços cairá e deve aumentar a produção”, disse Luiz Carlos.

O rumo da indústria no Brasil leva em conta as peculiaridades brasileiras com o etanol (não fóssil) e os biocombustíveis, como o HVO, o chamado diesel verde. HVO vem da sigla inglesa Hydrotreated Vegetable Oil, em tradução livre óleo vegetal hidrotratado.

O estudo da Anfavea avalia também a infraestrutura para abastecimento dos carros por eletricidade. Em um dos cenários, a eletrificação será mais lenta, por conta das limitações na infraestrutura. “Não depende só da montadora, mas de políticas de estado. O setor é parte da solução, mas não é a solução sozinho”, advertiu.

Sobre a evasão de montadoras, caso da Ford, embora decorrente de uma movimentação global, Luiz Carlos defendeu que o País seja mais competitivo na manutenção dos investidores. “Se a gente perder a oportunidade de ser competitivo, quem perde é o País, porque a montadora vai atender o cliente. Vai entregar de algum lugar do mundo”.

Ele defendeu que o Brasil acelere agendas pendentes no Congresso, como as reformas tributária e administrativa, além da cabotagem e a lei do gás. “Já deveriam estar implantadas há muito tempo”.

Produção de veículos cresce 2%, mas vendas caem 5,4%, diz Anfavea
Produção de veículos cresce 2%, mas vendas caem 5,4%, diz Anfavea (Foto: Divulgação)

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