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O que derruba presidentes
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

O que derruba presidentes

Inflação, juros altos e descontrole do Tesouro. Isto derruba presidente. Quando a agenda da crise entra para a economia ficam de lado as paixões. Não é mais questão de ser contra ou a favor. Caso o Governo Bolsonaro não dê as respostas, ficará faltando apenas um pretexto
Tipo Opinião
Mansueto de Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional (Foto: Fabio Lima/O POVO)
Foto: Fabio Lima/O POVO Mansueto de Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional

Maus modos, falas truculentas, promiscuidade no trato com o Congresso, relações perigosas e baixo apreço pela liturgia do cargo não derrubam presidentes. No máximo, ratificam o mau juízo da oposição e ampliam a rejeição. O que derruba mesmo é economia ruim. Ou alguém acredita que Dilma teria caído não fosse a política econômica errática, com desempenho pífio em seu segundo mandato? O pretexto foram as pedaladas (manobras) fiscais. Em suma, atraso de pagamentos a bancos públicos, com maquiagem de contas para driblar o Congresso, com efeito no Orçamento.

Ontem, o anúncio da saída de quatro secretários da área orçamentária do Ministério da Economia foi devastador. Trata-se da mais contundente demonstração pública de que o Governo trabalha mesmo sem cerimônia para atacar o Orçamento. Em nome do Auxílio Brasil no valor de R$ 400, apenas até o fim de 2022. É o ano da disputa pela reeleição. Um impacto de cerca de R$ 30 bilhões fora do teto de gastos - regra pela qual as despesas só podem crescer com base na inflação do ano anterior.

O teto, incluído na Constituição em 2016, foi o maior legado do mandato do presidente Michel Temer. Teve como função limitar despesas para buscar equilíbrio das contas públicas. Como limitador, antipático, tal qual o Governo que o aprovou. Na antipatia, sem perspectivas eleitorais, foi mais fácil tocar adiante. À frente, o então ministro da Fazenda Henrique Meirelles, com o economista cearense Mansueto de Almeida (hoje economista-chefe do BTG Pactual) como um dos formuladores, enquanto secretário do Tesouro. Mansueto já declarou recentemente não haver necessidade de alterar o teto até 2026, ano no qual está prevista a possibilidade de mudança no critério de reajuste do teto.

Inflação, juros altos e descontrole do Tesouro. Isto derruba presidente. Quando a agenda da crise entra para a economia ficam de lado as paixões. Não é mais questão de ser contra ou a favor. Caso o Governo Bolsonaro não dê as respostas, ficará faltando apenas um pretexto.

CONTRA A FOME

Projeto reúne iFood, Nestlé, Carrefour e M.Dias Branco

O iFood articulou empresas de alimentos para o combate ao desperdício, levando alimentos a pessoas necessitadas por meio do movimento Todos à Mesa. A iniciativa utiliza a inteligência de redistribuição de alimentos da startup de impacto social Connecting Food, rede da ONG Ação da Cidadania. Participam empresas como Nestlé, Carrefour e a cearense M. Dias Branco, além de redes de varejo. Na lista de objetivos, combater o desperdício de alimentos a partir da redistribuição de alimentos excedentes, abrir discussões sobre como ampliar o marco regulatório das doações, potencializar iniciativas de doação de alimentos e convidar mais empresas a aderir ao projeto.

CONTRA A FOME II

Doações dentro da validade

Existem padrões de estética de frutas, legumes e verduras que levam produtos ao desperdício. Ademais, existe o excedente de produção, produtos de indústrias e mercados dentro da validade que não possuem tempo hábil para ir às prateleiras. Estes dois exemplos seriam levados à rede humanitária de redistribuição. Em meados do ano passado, entrou em vigência a Lei 14.016, sobre o combate ao desperdício de alimentos e a doação de excedentes, autoriza a doação de alimentos excedentes dentro da validade e dentro das condições ideais de conservação e próprias ao consumo humano.

Idilvan Alencar, deputado federal, afirmou que Bolsonaro faz propaganda de remédio que não funciona porque é a única coisa que ele sabe fazer.(Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados)
Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados Idilvan Alencar, deputado federal, afirmou que Bolsonaro faz propaganda de remédio que não funciona porque é a única coisa que ele sabe fazer.

TODOS PELA EDUCAÇÃO

Idilvan é segundo melhor de 2021

O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE) é o segundo melhor parlamentar de 2021 na defesa de propostas legislativas e de ações públicas para a promoção da educação. A categoria especial do Prêmio Congresso em Foco é concedida pela organização Todos pela Educação. São votos do júri especializado (formado por seis representantes de diversas áreas) e de um grupo de 25 jornalistas (das editorias de política de diversos veículos de comunicação), e o voto do público na internet. Neste ano, foram validados quase dois milhões de votos. O pleito passa por auditagem da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF). A cerimônia de premiação aconteceria na noite de ontem.

Horizontais

Cearense na Bahia - A startup cearense de aluguel residencial 7Cantos chegou a Salvador. A plataforma opera há mais de seis anos em Fortaleza e também está em Juazeiro do Norte e Recife. O negócio dela é atuar na locação de imóveis residenciais, de forma online. Hoje diz ter mais de 1.500 imóveis cadastrados.

Feira - A 3ª edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce) vai de 3 a 7 de novembro com 300 artesãos brasileiros. Acontece em formato híbrido. Presencialmente, o evento será no Centro de Eventos, tal qual a primeira, em 2019.

 

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