Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
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O impasse entre Governo e caminhoneiros não acaba. No máximo, fica no acostamento. O País é dependente demais do modal rodoviário e, assim, segue sujeito ao lobby do setor. Leiam-se quem dirige os caminhões e quem dirige as corporações do setor. Claramente falta diversificar. Seja em ferrovias ou em cabotagem. O plano do Governo para as ferrovias é engenhoso, mas descarrila na instabilidade da imagem do Brasil no Exterior.
Sobre a greve anunciada para a madrugada desta segunda-feira, a pauta dos líderes dos caminhoneiros lista 14 itens e mais um 15º inusitado sobre "demais assuntos da categoria dos caminhoneiros autônomos", o que mostra a que ponto chegamos.
Marco Ferroviário
Desde a aprovação pelo Senado do Marco Ferroviário - a permitir o Programa de Autorizações Ferroviárias - há pelo menos 14 pedidos de autorização que podem representar até 5.300 quilômetros de construção e mais de R$ 80 bilhões de investimentos. A carteira de projetos no Brasil, já apresentada no Exterior - a mais de 50 instituições do mercado global de investimentos mira em R$ 260 bilhões em aporte privado no longo prazo para o setor de infraestrutura de transportes do Brasil até o fim de 2022.
Tamanha desproporção
Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), fala em mais de 60% do transporte da carga sendo feito por rodovias. Ele pondera que o modal é mais eficiente para distâncias menores, entre 500 e 600 km, enquanto o ferroviário é melhor para distâncias maiores, de mais de mil quilômetros. Quando o trecho a ser percorrido for ainda maior, é possível usar o hidroviário, sugere.
JUSTIÇA
Discreto por excelência, o ex-procurador-geral do Estado, Juvêncio Viana, disse à Coluna que, por ora, segue na PGE, porque é procurador de carreira. Ele mantém a fala de que irá cuidar de questões pessoais após sete anos no cargo - desde o início do Governo de Camilo Santana (PT), a quem nem era ligado até então. A saída de Juvêncio segue a trilha do Tribunal de Justiça do Estado (TJCE). A confirmação da abertura de mais 10 vagas de desembargadores (chegando a 53) cria as circunstâncias para o ingresso dele em uma vaga para advogado. Para ele, as eleições na OAB-CE levam a discussão sobre o Tribunal para mais adiante.
FRANQUIA
A Casa do Construtor anuncia plano de expansão mirando o Nordeste. A empresa diz procurar investidores para abrir unidades tanto em grandes centros, quanto em cidades de menor porte. A rede é uma franqueadora de locação de equipamentos para construção civil e soluções para o dia a dia. Declarou crescimento de 57,6%, atingindo a marca de R$ 219,5 milhões de faturamento. Estudo realizado pela empresa apontou o Nordeste com potencial para 105 ou mais unidades. Na Bahia, vê 22 oportunidades; no Ceará, 19. Itapipoca (CE) e Garanhuns (PE) são prioridade. Hoje tem 300 lojas.
PETROBRAS
Nesta segunda-feira os produtos asfálticos sobem de preço. A Gerência de Comércio Interno de Asfaltos da Petrobras enviou carta informando da alta, em comunicado assinado por Thiago Pires Coutinho. No caso do cimento asfáltico produzido na Lubnor (ainda estatal), em Fortaleza, mais 10,2%.O cimento asfáltico de Petróleo (CAP) é matéria-prima do CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente). É o que se mistura com a brita e areia para formar o asfalto propriamente dito.
FUTEBOL
O Fortaleza Esporte Clube está com suas cotas de patrocínio fechadas. São 12 ao todo. As marcas podem ocupar camisa, calção e meião. O presidente do clube, Marcelo Paz, diz que todos seguem em 2022. Os masters, com vínculos mais longos, são a Zenir e a Brisanet, ambas cearenses. Outro destaque no uniforme é a incorporadora e construtora mineira MRV, com o tricolor desde 2017. De todo modo, os contratos com os patrocinadores são mutáveis. Há cláusulas de saída. A propósito: por que raios jogadores tiram a camisa quando fazem um gol? Ruim para eles, porque levam cartão; para o clube, por ser apenado; para quem investe, por não aparecer na foto. O cartão, aliás já é uma forma de evitar os danos.
FUTEBOL II
Os patrocinadores-masters do Fortaleza, a rede de lojas de móveis e eletros Zenir e a operadora de telefonia, web e TV Brisanet, são do Interior do Ceará. Zenir de Iguatu e Brisanet de Pereiro. E ainda: as duas com fundadores e CEOs de perfil semelhante. Zenir, o dono da rede homônima, é discreto, simples e ao mesmo tempo agressivo comercialmente, focado na expansão. José Roberto Nogueira idem. Mantém a sede da empresa, hoje listada na B3, em Pereiro e vai disputar o leilão 5G do Brasil. Ademais, toca outro negócios noutro setor, a Nossa Fruta, marca de polpa de frutas.
CHO - Chief happiness officer. Já ouviu falar? O cargo já há em algumas empresas e tem a missão de cuidar do bem-estar do colaborador (funcionário que colabora). Chief Happiness Officer pode ser traduzido para gestor executivo de felicidade. CHO é aquela personagem que catalisa as iniciativas da felicidade na organização.
Passaré - Marcos Holanda, ex-presidente do BNB, lamenta pelo Hubine - o centro de inovação que ele lançou no Banco. Ele vê o BNDES investir em negócios de impacto e diz: "aqui do BNB patinando!". E afirma: "Na verdade o nome Hubine foi extinto pela administração passada. Não sei qual a lógica. Agora não é mais Hubine e sim Hub Inovação do Banco do Nordeste. Talvez essa seja a razão: o Hub de inovação é do Banco do Nordeste e não do Nordeste!".
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