Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
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A ArcelorMittal assinou a compra da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) por cerca de US$ 2,2 bilhões. O fechamento da transação está sujeito a aprovações corporativas e regulatórias, incluindo o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - o órgão antitruste brasileiro. A decisão está prevista para até dezembro.
A CSP é definida pela compradora como uma operação de classe mundial, produzindo placas de alta qualidade a um custo globalmente competitivo. A CSP começou a operar em 2016 e produziu suas primeiras placas em junho daquele ano.
Opera um alto-forno com capacidade de três milhões de toneladas e tem acesso por meio de transportadores ao Porto do Pecém. A siderúrgica opera na primeira Zona de Processamento de Exportação do Brasil (ZPE) e se beneficia de vários incentivos fiscais, incluindo uma baixa alíquota de imposto de renda corporativo.
Na lista de razões para a aquisição, a ArcelorMittal vê:
- Expandir a posição da Companhia no setor siderúrgico brasileiro de alto crescimento.
- Capitalizar o significativo investimento de terceiros planejado para formar um hub de eletricidade limpa e hidrogênio verde em Pecém.
- Adicionar 3 milhões de toneladas de capacidade de placas de alta qualidade e custo competitivo, com potencial para fornecer placas intragrupo ou vender para as Américas do Norte e do Sul.
- Permitir novas expansões da Companhia, como a opção de adicionar capacidade de siderurgia primária (incluindo ferro reduzido direto) e capacidade de laminação e acabamento.
- Obter mais de US$ 50 milhões em sinergias identificadas, incluindo aquisição e otimização de processos, além de SG&A - sigla do termo Selling, General & Administrative Expense (despesas administrativas, de vendas e gerais).
CEO diz que potencial do hidrogênio verde atraiu
Os planos do Ceará de desenvolver um hub de hidrogênio verde de baixo custo pesaram no interesse da ArcelorMittal pela CSP. O CEO da ArcelorMittal, Aditya Mittal, disse em comunicado:
“Na CSP, estamos adquirindo um negócio moderno, eficiente, consolidado e lucrativo que reforça ainda mais nossa posição no Brasil e agrega valor imediato à ArcelorMittal. Há um potencial significativo para descarbonizar o ativo, dada a ambição do estado do Ceará de desenvolver um hub de hidrogênio verde de baixo custo e o enorme potencial que a região possui para geração de energia solar e eólica."
E mais: “A CSP produz placas de alta qualidade e custo competitivo, garantindo que seus produtos sejam competitivos no mercado interno e para exportação. No curto prazo, continuaremos a fornecer a base de clientes existente da CSP nas Américas do Norte e do Sul. No entanto, o que torna essa aquisição tão empolgante é o potencial de médio a longo prazo e as opções que ela apresenta".
Laminação nos planos
Em sua fala, Mittal revela a possibilidade de investir em laminação: "À medida que continuamos a desenvolver as capacidades de downstream de nossos negócios do Nafta e do Brasil no médio prazo, temos a opção de a CSP se tornar um importante fornecedor de placas intragrupo. A longo prazo, há também a opção de aumentar significativamente sua capacidade de laje e adicionar recursos de laminação e acabamento com base em baixas emissões de carbono.”
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