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Novos governos têm a favor novos gestores ávidos por marcas. No Ceará, Elmano de Freitas (PT) precisará de uma. Miremos na segurança. É importante que o Estado atente para o que vem sendo feito nas gestes passadas e quais os resultados. Nos últimos anos, mais de 8 mil PMs assumiram e os avanços parecem lentos. Houvesse inteligência e investigação mais fortes, o resultado seria outro. O contingente da Polícia Civil é de cerca de quatro mil policiais civis. Elmano já falou em dobrar.

Até o Governo Bolsonaro (inócuo no combate à violência, limitado a bravatas e apreensões corriqueiras de drogas e armas), ainda era possível cobrar e dividir a responsabilidade com Brasília, considerando que o crime organizado não tem divisas. Agora com a sintonia Abolição-Planalto não mais. Elmano não poderá bater em Lula. Tal qual Camilo e Cid deixaram marcas na educação, o novo governador tem a oportunidade de fazê-lo na segurança. Tal qual na educação, mesmo que Brasília não aja. E o balanço não poderá ser feito após quatro anos. A política impõe que seja antes.

Academia única

O novo delegado-geral da Polícia Civil, Márcio Gutierrez, evita entrar em polêmica, em plena primeira semana de gestão, mas ele e a corporação inteira lidam com um incômodo. A formação dos policiais civis do Ceará acontece em uma academia também de policiais militares e bombeiros, dentre outros. A Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp) - cuja sigla sugere um órgão paulista - foi criada pela Lei 14.629, de 26 de fevereiro de 2010, e oficialmente inaugurada no dia 18 de maio de 2011.

A Aesp é uma vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e, na letra da lei, é responsável pela formação inicial e continuada de todos os profissionais que integram o sistema de segurança pública e defesa social do Estado do Ceará, ou seja: Polícia Civil, Polícia Militar, Perícia Forense e Corpo de Bombeiros Militar.

PMs na direção

Gutierrez afirmou na rádio O POVO-CBN que o modelo funciona bem e que o mais importante é a doutrina de polícia judiciária. Quanto a uma academia específica, ele disse não ter opinião formada. Ok, mas não há policial civil que goste da unificação. É caso isolado no Brasil.

A integração das forças de segurança é um dos argumentos a favor do modelo de academia única. A redução de custo também, afinal, uma só estrutura abarca todas as forças. E um detalhe: a predominância de coronéis da PM na Direção não desce bem para os civis.

TRAGÉDIAS EVITÁVEIS

Prefeitura proíbe botijões na rua, mas só em duas regionais

A Prefeitura de Fortaleza resolveu agir para mitigar um risco iminente no pré-carnaval e no carnaval: proibiu o uso de botijões de gás pelos vendedores de alimentos (ambulantes não são porque ficam parados). Para aqueles que vendem alimentos em automóveis ou vans, é exigido um extintor de incêndio. O uso dos botijões pelos vendedores na rua em grandes aglomerações era um tema um tanto no limbo entre Prefeitura e Bombeiros. Até agora falavam em orientação apenas. A normativa foi entregue a cada um dos detentores de licença para trabalhar nas áreas das regionais 2 e 12. Noutros termos, a preocupação do Município fica cingida ao eixo Praia de Iracema-Meireles. Como no restante da Cidade os botijões costumam ser idênticos aos utilizados na zona dita nobre (embora haja nobreza no subúrbio), conclui-se que o protocolo deveria ser o mesmo.

PESQUISA

5 tendências em TI para 2023

A ManageEngine apontou as cinco principais tendências para a TI em 2023. A primeira delas: o gerenciamento de TI empresarial irá evoluir para uma TI corporativa total. Ou seja, a descentralização das equipes de TI continuará, com alguém de TI em todo o organograma, atendendo a necessidades específicas, de forma customizada. As demais: o debate ferramenta versus plataforma será encerrado; a prestação unificada de serviços projetada para funcionários remotos; evolução contínua de modelos de IA; encontrar e requalificar talentos em tecnologia continuará sendo um desafio.

CABOS

Além de Fortaleza, Porto Alegre e a cidade de Shakira

A V.tal, uma das maiores empresas de soluções de infraestrutura digital neutra fim a fim, com atuação no Brasil e mais cinco países nas Américas do Sul e do Norte, abriu seu segundo edge data center em Fortaleza na sexta-feira. Já tinha um aqui, outro no Rio de Janeiro e outro em Barranquilla, na Colômbia. A empresa os têm conectados com 26 mil km de cabos ópticos submarinos. Ligam o Brasil à Argentina, Venezuela, Colômbia, Bermudas e aos Estados Unidos. Toca projeto de implantação de um edge data center de 4MW em Porto Alegre (terreno comprado no final de 2022) e amplia a capacidade em Barranquilla.

ELEIÇÕES 2026

Zema em campanha destaca superávit mineiro

Em pré-campanha para a Presidência da República em 2026, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), divulgou via o partido, um ano saudável para as contas públicas mineiras. Encerrou o ano de 2022 com um superávit orçamentário de R$ 2,2 bilhões e evolução positiva dos índices fiscais. Embora as contas tenham demonstrado superávit, avisa que a política econômica do Governo deve manter a austeridade como norte para a nova gestão.

PROTEÇÃO DE DADOS

LGPD é a lei da conciliação, mas ainda falta muito

O advogado Joaquim Perucio, especialista na Lei Geral de Proteção de Dados, vê conciliação como palavra-chave para a sigla LGPD. "Ela veio para conciliar os interesses dos cidadãos, das empresas e do Brasil na comunidade internacional". Para o cidadão, direitos fundamentais de liberdade e privacidade. Para as empresas, ambiente de negócios salubre. Segundo Perucio, ex-executivo de grandes corporações de telecom e ensino superior, estamos nos primeiros passos da cultura de proteção de dados.

Horizontais

Contadores - O Conselho Regional de Contabilidade do Ceará (CRCCE) realiza o primeiro Ciclo de Palestras de 2023 para contadores e estudantes de Ciências Contábeis. O tema: Inovações no atendimento da Receita Federal. Será nesta terça-feira, das 8h às 12h, na sede, na Avenida da Universidade, 3057

Táxi - Eleito com folgada vantagem (1.003 contra 166 votos de Manassés Carvalho), Francisco Moura segue à frente do Sindicato dos Taxistas. Ele diz que há cerca de 10 mil profissionais. A luta deles é para que haja maior controle da Prefeitura sobre carros a rodar em apps, como Uber. "Eles não vão fazer nem a vistoria obrigatória". Moura chama de quase trabalho escravo e evasão de divisas pelas multinacionais.