
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
O aumento de preços nas passagens aéreas é um dos fatores a explicar o crescimento das viagens em ônibus interestaduais e internacionais. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), foram vendidas 52 milhões de passagens no último ano. Em 2019, antes da pandemia, o volume chegava a menos da metade: 25 milhões. Para a conselheira da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), Letícia Pineschi, existe um mix de fatores. Além dos bilhetes aéreos em altitude de cruzeiro, ela aponta a queda no poder de compra e o combustível mais caro para ir de carro.
"O Brasil ficou interessante porque as pessoas ficaram muito tempo sem viajar para fora. Aumentou o passeio doméstico e as empresas rodoviárias perceberam a busca por viagens mais confortáveis", disse Letícia à rádio O POVO CBN. No rol de mimos, ou os chamados serviços especiais, a maior oferta de semi leitos, leitos, cabines-cama, entretenimento de bordo e sala vip em rodoviárias. Contra a virtude do menor tempo no avião, nada a fazer, mas elas buscam amenizar a demora.
O setor de transporte rodoviário assiste aos anúncios federais de incentivo ao automóvel com a mesma cara de paisagem das empresas do urbano. Letícia lamenta a indiferença estatal ser histórica. "É uma característica de uma sucessão de governos federais e estaduais que não reconhecem como transporte sustentável". Ela cita: um ônibus de dois andares retira 60 carros da rodovia. Menos riscos, menos impacto ambiental.
Hoje as empresas buscam na reforma tributária isonomia de tratamento com o aéreo. Um exemplo: ao comprar uma passagem aérea o cliente não paga o estadual Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS). No bilhete rodoviário, sim. Em tempo: a Medida Provisória ( MP 1.147/2022 ), aprovada pelo Plenário do Senado, zera tributos pagos por companhias aéreas e permite isenção similar para o setor de turismo e eventos. A MP segue agora para sanção como projeto de lei de conversão.
A uberização ilegal
Outro buraco na estrada das empresas é também privado. Os aplicativos de venda de passagem cujo modelo imita Uber, como o Buser, seguem indiferentes aos rigores exigidos pela legislação brasileira. Letícia lembra que no caso do Uber o cliente pode cancelar uma viagem por conta do estado do carro ou do motorista, nos apps de passagem não.
O papel das agências
"O cidadão comum não tem como e nem sequer tem obrigação de avaliar o estado do ônibus, a capacitação do motorista ou o resultado de testes toxicológicos, obrigações de uma empresa rodoviária", pondera Letícia. São exigências em contrato e fiscalizadas pela agência reguladora (ANTT) e agências estaduais, como a Arce. E, enquanto isso, o modelo via app segue a operar como fretamento por meio de liminares, sem nenhuma sentença transitada em julgado.
ANTIAÉREA
STF mantém lei cearense contra agrotóxicos por aviões
O Pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) ratificou a constitucionalidade da Lei 16.820/19, conhecida como Lei Zé Maria do Tomé. A Lei proíbe a pulverização aérea de agrotóxicos. O STF julgou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6137/2019, apresentada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A CNA queria impedir a difusão da lei cearense para outros estados, mas a relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia, não viu impedimento constitucional. Para ela, nada impede leis estaduais sobre uso de agrotóxicos e riscos à saúde e ao meio ambiente. A maioria já foi garantida quando acompanharam a relatora os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Roberto Barroso, Luiz Fux e André Mendonça.
APÓLICE
Cearenses contratam mais seguros
Dados da Susep mostram que a contratação de seguros no Ceará cresceu 5,6% no primeiro trimestre. A Bradesco Seguros diz ter crescido três vezes isso. A evolução declarada é de 14,8%, com destaque para o residencial e os planos de previdência privada. Altas respectivas declaradas de 37,1% e 19,9%. "Percebemos que a população tem sido mais receptiva aos esforços do setor para disseminar a cultura do seguro no País", diz o presidente do Grupo Bradesco Seguros, Ivan Gontijo.
CEARÁ
Crefaz avança mirando microcrédito
O CEO da Crefaz Financiamentos e Investimentos, Carlos Eduardo Navarro Ribeiro, anuncia a ampliação em 30% o número de lojas até dezembro. Ao todo, 30 haverá unidades novas. Focada no microcrédito, a Crefaz passará a contar com 134 unidades. No Ceará, até junho, Messejana e Juazeiro do Norte. Na prateleira, oferece crédito pessoal de até R$ 15 mil, crédito consignado e outros produtos. Hoje, declara possuir clientes em 4.186 das 5.570 cidades do País.
50 ANOS
A história construída pela A Predial
Longevidade é uma credencial em qualquer setor. No setor imobiliário então é uma porta aberta. A imobiliária A Predial completa 50 anos. Quem começou foi João Holanda Gondim. Hoje, os filhos João Henrique Gondim e João Carlos Gondim dividem a operação. Na prateleira deles, mais de quatro mil imóveis, entre clientes proprietários e inquilinos. O time da matriz em Fortaleza tem mais de 70, mas um trunfo deles no mercado é não ter nem de ir lá. Oferecem a possibilidade de locação 100% online.
GOVERNANÇA
IBGC leva Pedro Lima a evento
No próximo dia 15 o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) fará a 1ª edição do seminário "Perspectivas para o Nordeste - O papel da governança corporativa", em Recife, organizado em conjunto com os capítulos Ceará, Pernambuco e Bahia. O evento será 100% presencial e aberto a todos interessados. No time de palestrantes, Pedro Lima, presidente do Grupo 3corações. Haverá painéis sobre desafios do setor de energias limpas e do agro, startups, tecnologia e inovação e equity.
horizontais
Jogo rápido - Já imaginou se a indiferença praticada pelo Governo Lula quanto ao esvaziamento dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas pelo Centrão estivesse a acontecer com o PT na Oposição? Não haveria um igarapé de ponderação acerca do jogo político jogado pelo Planalto.
2023 - O ano é 2023 e o Banco24Horas chega a Ipu, na Zona Norte do Ceará. O caixa eletrônico foi instalado no Supermercado Daterra.
Tá Legal, mas eu aceito o argumento? - Aprovado pela lei da outorga, a famosa lei dos super prédios é legal, no sentido da legalidade. Todavia, causa imensos desconfortos a quem não concebe ver prédios de menor porte sendo cercados por imensas torres. No entorno da Praça das Flores tem um edifício, agora menor, sendo engolido por um superprédio. Nele, mora uma turma mais madura que não quis vender os imóveis.
Luzes - O setor de eventos, um dos mais afetados pela pandemia nos últimos dois anos, voltou a crescer em 2022, depois de dois anos de pancada. No Ceará, o Grupo Newlight, formado pela Newlight Iluminação, Contemporânea e Multi, fechou 2022 com crescimento declarado de 60% ante 2019 (período pré pandemia). Fala em fechar 2023 com 30% a mais na receita. Os sócios são do ramo. André Verçosa, Geórgia Fontes, Pedro Neto e Renata Porto.
O que vier - O Vila Galé Fortaleza fez nova configuração do hotel na Praia do Futuro mirando o mercado de eventos corporativos e sociais. Aceitam casamentos, batizados, aniversários, confraternizações, palestras, treinamentos e o que pintar.
Sírio - O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), recebeu equipe do Hospital Sírio-Libanês (HSL), de São Paulo. No Waldemar, tocam o Programa de Cuidados Paliativos, um ação do SUS. O HGWA, administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), é a única unidade do Ceará participante, neste ciclo.
Voo - A Voepass Linhas Aéreas (antiga Passaredo) na rota Fortaleza-Juazeiro do Norte vai brigar no preço com a Azul, com jatos. A Voepass voa em turboélice ATR72. Mas não só. Os voos serão em horários mais palátaveis. Fará às segundas, terças, sextas e sábados, às 5h45min e às segundas, quintas, sextas e domingos, às 17h45min. Já o retorno, saindo de Juazeiro do Norte, às segundas, terças, quintas e sábados, às 7h25min, e às segundas, quintas, sextas e domingos, às 19h30min. Começa em 5 de julho.
Chilena - A Latam foi confirmada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como a companhia líder do setor aéreo brasileiro em abril. A chilena alcançou no mês a maior participação (em RPK) do mercado doméstico (37,4%) e internacional (22,06%) no Brasil. O índice medido pela Anac considera a quantidade de passageiros por quilômetro transportados pela empresa sobre todos os passageiros por quilômetro transportados por todas as companhias aéreas que operam no País. A Latam registrou ainda em abril crescimento de 21,6% no seu número de passageiros domésticos no Brasil em relação a abril de 2022.
Código de Trânsito - O Senado aprovou esta semana a medida provisória ( MP 1.153/2022 ) que faz mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em temas como exigência de exame toxicológico de motoristas profissionais, competência para aplicação de multas e descanso de caminhoneiros. A MP, aprovada na forma de projeto de lei de conversão, segue agora para a sanção do presidente da República.
Hidrogênio verde - Ante a fala de Jorge Arbache, vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), em discurso na Assembleia, sobre o hidrogênio verde, um importante pensador da atual estratégia do Ceará no segmento disse: "Os de fora enxergam mais que os daqui". Foi uma resposta ao ceticismo do economista Marcos Holanda (UFC).A fala de Arbache foi: assim como São Paulo foi a casa da industrialização do Brasil na década de 1930, agora, o Nordeste brasileiro, e em especial o Ceará, pode se tornar o olho do furacão da reindustrialização do País.
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