Já faz quase seis meses, mas tudo é muito confuso ainda. Aqui e em Brasília. Quando os jingles aparecem, é sinal de que falta harmonia, melodia e letra. A mediocridade do Congresso é mais grave do que o conceito que se faça da articulação política do Planalto. Não é de hoje. Vem de governos passados. O mercado da política não tem partido. Faz negócios políticos. Remonta a reeleição de Fernando Henrique Cardoso - o aniversariante de amanhã (92) -, remete ao impeachment de Collor e Dilma, para citar alguns fatos relevantes de nossa história recente.

Deixando a profundidade de lado, as gestões vêm se esmerando na falta de projeto. Tem SUV demais, secretário, ministro e assessor demais para pouco governo. Em todo caso, na falta de projeto não há vácuo de poder. O terreno fica aberto para as acomodações e para a baixa estatura. A ausência de liturgia de Bolsonaro foi revertida por um Lula mais bem talhado para chefe de estado. Não que seja lá muito, mas pouco já é muito mais. Mas não basta. Outro papel é ser chefe de governo.

No Ceará, o sucesso estrondoso de Camilo Santana deixou para Elmano um papel semelhante ao do futuro substituto de Vojvoda no Fortaleza. Uma missão ingrata e, ao mesmo tempo, desafiadora. Duas grandes crises enfrentadas pelo ex-governador acabaram por fortalecê-lo. Podiam tê-lo feito sucumbir. Uma foi um motim de PMs mascarados. A outra foi uma pandemia, na qual usar máscara era a ordem.

Elmano não precisa desejar crises. Terá demarcado seu primeiro mandato caso consiga resultados e a percepção de que eles há. A tarefa se torna mais complexa pelo perfil tão heterogêneo da equipe. Embora eleito no conforto de um primeiro turno, o desenho do Governo abriu mão de nomes experientes e acolheu nomes convenientes. O primeiro teste vigoroso será nas eleições de 2024. Até lá, terá de ter sido capaz de avaliar, reprovar ou aprovar. E, decerto, mexer no time.

PBIO

Usina de Quixadá precisa ser viável

A usina de Quixadá é um pontinho no meio do semiárido, ante o tamanho da gigante Petrobras. Contudo, é muito relevante para o Sertão Central cearense, para o Ceará, para o Nordeste e, em última instância, para o País. Aliás, foi assim que ela nasceu, sob os auspícios do segundo Governo Lula em 2008. Depois foi desativada por Temer em 2016, ante a crise da Petrobras. Com mamona (de custo alto) não será possível operar, como reconheceu na rádio O POVO CBN Expedito Parente Jr, pesquisador na UFC, filho do pai do biodiesel e diretor na Adece. Restariam soja ou gordura animal, a serem trazidas. Seja qual for a saída, precisará ser economicamente sustentável, afinal a Petrobras tem acionistas na Bolsa e não existe para fazer política social.

CAJU

São Geraldo avança no Nordeste; na Bahia menos

O refrigerante de caju São Geraldo é uma das marcas mais associadas ao estado do Ceará. Não é empírico. A pesquisa Anuário Datafolha Top Mind já atestou isso. Com sede em Juazeiro do Norte, a empresa é o terceiro ponto mais visitado na cidade, segundo o coordenador de marketing Tiago Caldas. Perde para (claro) a estátua de Padre Cícero e para a Igreja do Horto. Em um dia, a fábrica já recebeu 200 ônibus com visitantes. A marca é mais forte no Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Na Bahia, entra, mas tem dificuldade, por conta do ICMS baiano. Custa mais caro bebê-lo por lá.

Horizontais

Animação - Os salões das concessionárias vivem dias animados. O movimento do Governo Federal em defesa das montadoras - e, por tabela, dos consumidores - banca a animação com garantia curta.

Grid - Posicionado como o primeiro SUV Coupé da marca, o Fiat Fastback, em sua versão de entrada Turbo 200 Automático, vai para o grid puxado pelo plano do Governo. Chega a partir de R$119.990, o bastante para ter incentivo. Com o desconto, chega ao consumidor por R$115.990. Tem ali ao lado modelos como o Renegade 1.3 Turbo e o Caoa Chery Tiggo 5X Sport.