A Prefeitura de Fortaleza quer municipalizar a BR-116 até o km 17. A ideia não é nova, mas foi retomada pela Prefeitura com o órgão federal responsável, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O secretário da Infraestrutura Samuel Dias não define prazo. Mas diz esperar até o final de 2024. A Mister Hull (BR-222) seria a segunda a ser municipalizada. Samuel concedeu entrevista ontem à série de programas de TV do Anuário do Ceará 2023-2024, a ser exibida em breve no Canal FDR.

Com a municipalização, a Prefeitura espera ter mais segurança para pedestres. Há poucas passarelas e no mais das vezes não são utilizadas. Um dos pontos com mais atropelamentos na Cidade é o trecho urbano da rodovia. Sairia de campo a PRF e entraria a AMC. Tanto no patrulhamento como na arrecadação por fotossensores.

"O Governo do Estado chegou a fazer a estadualização do Anel Viário e, para isso, o Dnit deveria estadualizar o trecho da BR. Mas o Estado desistiu, o Dnit tocará a obra e não tem interesse em manter a BR, enquanto nós temos".

Em 2016, quando Samuel era secretário da pasta, na gestão Roberto Cláudio, houve um avanço no sentido da transferência da União para o Município. Seria entre o km 0 e o 10. A alteração compunha o plano do Município de implantação de um corredor de 11,5km para transporte coletivo na rota Messejana/Centro. Para a região da Messejana, aliás, a Prefeitura estreia na segunda-feira uma linha expressa com horário definido. Entre 5h30min e 7 horas. O destino é o terminal do Papicu, parando somente para desembarque em três pontos, a partir da Câmara Municipal, no bairro Luciano Cavalcante.

De todo modo, como explica Samuel, em 2016 houve apenas a autorização legislativa dos vereadores para o município iniciar o trabalho de municipalização. Os estudos abrangiam estudos fundiários que foram feitos. "Naquela época havia sido garantida pelo Governo Federal a municipalização, que depois voltou atrás e não repassou o trecho à Prefeitura".

PIX CRÉDITO

Ceará é segundo no ranking do will Bank

O will Bank, banco digital com declarados mais de cinco milhões de clientes, lançou o PIX no crédito e, nos primeiros 30 dias de operação, o Nordeste respondeu por 63% de todas as transações, totalizando mais de R$32 milhões. O Ceará está em segundo lugar no ranking (12%) que considera todos os estados brasileiros, atrás de Bahia (17%) e à frente de Pernambuco (10%). Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba também estão entre os 10 estados com maior volume de movimentação das modalidades. O Ceará realizou mais de 71 mil operações, movimentando mais de R$ 6 milhões logo no primeiro mês de serviço disponível para a base de clientes do will. Destaque para Fortaleza que efetuou mais de 11 mil transações, totalizando mais de R$ 1 milhão em movimentações financeiras. Outras cidades também tiveram participações relevantes, como Caucaia, que somou cerca de 186 mil transações, e Juazeiro do Norte, com 162 mil transações realizadas.

AUTORREGULAÇÃO

Sanções contra maus correspondentes

Os bancos aplicaram em junho passado 10 novas sanções a empresas que operam com o produto crédito consignado. Com isso, sobe a 1.220 o total de punições a correspondentes desde o início de vigência da Autorregulação para o Consignado, em janeiro de 2020. Quinhentas e sessenta e quatro empresas já foram advertidas por conduta irregular e 610 suspensas temporariamente por prática abusiva. Quarenta e seis empresas estão impedidas de atuar em nome dos bancos. As 45 instituições financeiras que participam da Autorregulação assumem o compromisso de adotar as melhores práticas relativas à transparência, ao combate ao assédio comercial e à qualificação de correspondentes bancários. As regras se aplicam a empréstimos consignados e ao cartão consignado e ao cartão benefício. As infrações às regras podem acarretar às instituições multas que variam de R$ 45 mil a R$ 1 milhão. A rigor, os valores arrecadados são destinados a projetos de educação financeira.

INDÚSTRIA

BNDES oferece R$ 500 milhões para audiovisual

O BNDES pretende por em oferta R$ 500 milhões em recursos para financiar o setor do audiovisual "o mais rápido possível", nas palavras de seu presidente Aloizio Mercadante. Foi durante o "Seminário BNDES do Audiovisual Brasileiro", na sede da instituição, no Rio de Janeiro. O evento, apoiado pelo Ministério da Cultura (MinC) e a Agência Nacional do Cinema (Ancine), teve a participação da ministra Margareth Menezes. Ela destacou a aprovação, pela Comissão de Educação e Cultura (CE), do PL 3.696/2023, a prorrogar o prazo de obrigatoriedade de exibição de obras cinematográficas brasileiras na TV paga. E não é favor. Levantamento feito em 2022, pela Motion Pictures Association (MPA), em parceria com a Oxford Economics, mostra que o impacto direto e indireto e induzido do setor no Brasil representou, em 2019, R$ 56 bilhões no PIB, 657 mil empregos gerados e R$ 7,7 bi de impostos arrecadados.

NEGOCIAÇÃO

João Santos constrói acordo

O Grupo João Santos, fabricante do Cimento Nassau, construiu com a Procuradoria Geral Fazenda Nacional (PGFN) uma transação tributária com a qual poderá regularizar dívidas nos valores aproximados de R$ 11 bilhões. A negociação envolveu 41 empresas do Grupo, que atua nos mais diversos setores econômicos, como agronegócio, comunicações, indústria de cimento, serviços de táxi aéreo e logística. O acordo prevê também a regularização de dívidas de FGTS de 17 empresas do Grupo que atuam em oito Estados. Do total de R$ 11 bilhões, R$ 270 milhões são referentes a créditos de FGTS.horizontais

HORIZONTAIS

Ceará um - A Diretoria Colegiada da Sudene aprovou a atração de R$ 1,27 bilhão em investimentos nos 11 estados abrangidos. São 45 empreendimentos relativos a incentivos fiscais de Redução de 75% do IRPJ (43) e Reinvestimento de 30% do IRPJ (2). Para Pernambuco, 13, para a Bahia nove, Paraíba seis, Espírito Santo seis. Para o Ceará, unzinho.

Rádio - Às 14h20min tem Guia Econômico nas rádios O POVO CBN e O POVO CBN Cariri. Com Neila Fontenele.