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Renda fixa sobe, mas poupança recua no Ceará, diz Santander
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Renda fixa sobe, mas poupança recua no Ceará, diz Santander

A queda foi de 9%. O horizonte na comparação entre os investimentos realizados pelos clientes do Banco vai de janeiro a junho deste ano, ante o mesmo período do ano passado
Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil: maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos (Foto: DIVULGAÇÃO SANTANDER)
Foto: DIVULGAÇÃO SANTANDER Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil: maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos

O Santander Brasil afirma ter havido aumento de 20% na renda fixa no Ceará, mas não da poupança. A queda foi de 9%. O horizonte na comparação entre os investimentos realizados pelos clientes do Banco vai de janeiro a junho deste ano, ante o mesmo período do ano passado.

O desempenho do primeiro semestre deste ano reforçou a tendência de predomínio da renda fixa. O segmento já liderava a carteira dos aplicadores cearenses, sendo responsável por 37,3% de todo o portfólio, segundo o banco espanhol.

A poupança fica apenas no terceiro posto, com 14,4% - o quarto menor percentual de fatia do Brasil e segundo do Nordeste, superior apenas a Bahia (13,6%). A Previdência é o segundo na preferência dos cearenses, com 26,9%.

Cenário no Brasil 

Levantamento realizado pelo Santander Brasil mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs). 

 

Isto ocorre no cenário nacional mesmo com a taxa de juros permanecendo inalterada em 13,75% por um longo período no Brasil.

A renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período nacionalmente: 17%, saltando de 32% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 37,5% de janeiro a junho de 2023.

Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 28% em 12 meses, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: 5% do portfólio ao fim de junho deste ano.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, disse em nota Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Os outros investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto e fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: os aportes recuaram em respectivos 2% e 14%.

Outras categorias que também registraram queda nos aportes foram os fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 9,15% para 6,36% do total do portfólio; fundos de renda variável, que recuaram de 2,06% para 1,26% do total; previdência, de 33,2% para 32,41%; além dos ativos de crédito privado de 1,29% para 1,02%; e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 4,12% para 3,45%.

Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço nacionalmente, passando de 20,94% do total do portfólio em junho de 2022 para 19,72% em junho deste ano.

 

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