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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
Mais uma vez vemos um debate importante para o Brasil ser tratado no terreno da dicotomia do bem contra o mal. O tema é o Projeto de Lei 1459/2022 que tornou mais ágil a aprovação de agrotóxicos. Já brotou na Câmara, teve mutações no Senado e agora vai para a cesta do presidente Lula. A ele caberá sancionar ou vetar. Tendo liberado o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD-MT), também senador, para deixar o cargo, ir votar como senador e retornar, decerto irá aprovar.
Quem rejeita define o Projeto como PL do Veneno. Diz que é mau e irá facilitar o uso indiscriminado dos agrotóxicos. O nome aliás seria mudado para pesticida, caso houvesse florescido a ideia dos empresários do agronegócio. No restante do mundo, usa-se pesticida (pesticide em Inglês). Para eles, falar agrotóxico é uma distorção. O ministro da agricultura do primeiro Governo Lula, Roberto Rodrigues, costuma dizer que é o mesmo que chamar medicamentos para pessoas de humanotóxicos. É a dose que determina o quão nocivo pode ser.
Mas no jogo de negociações do Congresso não se pode ter tudo. E segue o nome agrotóxico. A conta fechou. Houve apenas um voto contrário, da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), vice-líder do Governo no Congresso Nacional. Ela nem discursou no plenário. Em verdade, o argumento do setor na defesa da agilização nos processo de análise e veredito sobre novos químicos é de que a demora aumenta o risco. Com a lentidão - de até 10 anos vai para apenas dois - o Brasil custa a usar moléculas mais modernas e eficientes, com menor impacto negativo. O alerta de quem é contrário ao uso dos agrotóxicos não deve ser desprezado. Tampouco a necessidade de se ampliar ao máximo o manejo de pragas, bem como a cobrança por extremo rigor no cumprimento da legislação.
Quanto mais se aplica o veneno, mais a praga cria resistência. E, assim, as composições vão sendo alteradas. O Brasil tem mais de 300 registros. A União Europeia mais de 400 e os EUA cerca de 500. O uso é indesejado, mas se dá por conta do nosso modelo de produção. São várias safras. Sem enfrentar os ataques das pragas, a produção não dá conta. Agrotóxico é caro, não se usa por querer. É por necessidade.
MILITARES
Dentro dos quartéis da Polícia Militar marcha uma insatisfação pouco camuflada na tropa. Diz respeito à restrição a promoções de PMs em readaptação funcional, o pessoal com restrições ao serviço ostensivo (de rua) por motivos de saúde. Até o ano passado, vinham sendo promovidos normalmente. Neste ano, o atual Comando Geral barrou. Na prática, está nivelando os policiais em adaptação com aqueles fora do serviço para tratamento de saúde não relacionado ao trabalho. A Lei de Promoções da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar é de 2015. Desde então, todos os militares vêm subindo de patente. Promoções até discutíveis, porque menos rigorosas do que no passado, mas isso é outra pauta. A carga horária na atividade administrativa é igual para quem está em readaptação ou no policiamento de rua. Noutros termos, um colega que trabalha todo dia com limitações físicas não vai ser promovido, mas o colega ao lado irá. A queixa é maior porque o Corpo de Bombeiros promove.
BNB
O Banco do Nordeste bateu a meta do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) com 30 dias de antecedência. O BNB superou a marca de R$ 38 bilhões negociados na última quinta-feira, 30. O montante supera em 20% todo o ano de 2022, quando as contratações do banco ficaram em R$ 32,2 bilhões. O presidente Paulo Câmara, no cargo desde março, afirma que havia posto o mês de novembro como prazo para as superintendências estaduais alcançarem o objetivo. Do total tomado, 51,5% foram para micro e pequenos empreendedores de área rural ou urbana. Tanto de pessoas físicas, quanto jurídicas. No Ceará, mais de R$ 5 bilhões contratados com recursos do FNE no ano. A superintendente estadual, Eliane Brasil, diz que mais da metade, R$ 2,6 bilhões, para micro e pequenos.
MERCARDO IMOBILIÁRIO
Laureado na 20ª edição do Prêmio da Construção, na categoria "Projeto Arquitetônico", pelo Origem Fortim, da sua A&B Incorporações, Aristarco Sobreira agenda a entrega da obra, em Fortim, no Litoral Leste, para setembro de 2024. Lá, ele tem Selo Juridicamente Perfeito, do Sinduscon, e financiamento pelo Bradesco. Ao todo, 43 casas em um terreno de 50 mil m². Segundo ele, 85% vendidas. E agora buscou o arquiteto francês Greg Bousquet, fundador da Triptyque e hoje à frente do Architects Office, para lançar em março de 2024 um empreendimento no Meireles.
ENTÃO É NATAL
A Casa Encantada do Papai Noel, no Papicu, tem cerca de 600m² e funciona como um negócio pop-up (com prazo para encerrar). Os visitantes são recebidos por atores que interpretam duendes e chegam ao papai noel no final da visita. O roteiro pelos cômodos da casa é feito com interação entre atores e vídeos. Afora a visita guiada, há agenda para crianças a mudar todos os dias, como contação de histórias, brincadeiras, mágicos e apresentações musicais. Marisa Benevides - esposa do deputado federal Mauro Benevides (PDT) - é quem toca o projeto. Ela estima 20 mil visitantes até 6 de janeiro de 2024.
SOLAR
A pernambucana Kroma Energia, comercializadora de energia solar, assina o complexo Arapuá, em Jaguaruana, e São Pedro e Paulo, a começar a operar já este mês, no município de Flores, no Sertão de Pernambuco. O complexo São Pedro e Paulo teve investimento de R$ 355 milhões. Possui capacidade para fornecer 101 megawatts-pico (MWp). Do total, 30% da energia direcionada para contratos no mercado livre (ACL) e 70% para o mercado regulado (ACR). Faz em PPP com a estatal Compesa, de saneamento em Pernambuco. Já o Arapuá, tem previsão de início de obra em 2024, com oito usinas fotovoltaicas com potência instalada de 250 MW (megawatts). O investimento de R$ 850 milhões no empreendimento, com 800 empregos diretos e 200 indiretos. A previsão é de entrega até 2027.
Horizontais
FB Crato - A Organização Educacional Farias Brito chega ao Cariri em 2024. O novo Núcleo de Ensino terá inicialmente do berçário ao 5º Ano do Ensino Fundamental. A nova sede fica no Crato, em terreno cedido pela Prefeitura.
Couro - O Grupo Couro Fino, cearense e no mercado há 26 anos,chega à 10ª unidade Fica em Belém, onde já atua com uma rede de revendedores na modalidade atacado.
Na moda - O "Ceará está na moda", realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio-CE, em parceria com a Fiec, acontece em abril de 2024 e estima reunir mais de 10 mil visitantes e mais de 300 expositores. Terá também desfiles de moda, palestras e workshops.
Obrigatórias - Os 184 municípios do Ceará começaram a receber R$ 207,7 milhões, referentes ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Fortaleza receberá a maior fatia - R$ 36,6 milhões. Outros quatro municípios vêm em seguida, com R$ 3,8 milhões em repasses. São eles Caucaia, Juazeiro do Norte, Maracanaú e Sobral. Na seuqência, na faixa de R$ 2,1 milhões, estão Crato, Itapipoca e Maranguape.
Alta - O Ceará ficou em penúltimo na alta das buscas das empresas por recursos financeiros em outubro. Aumentou 7,7%. O maior índice foi em Alagoas (9,8%) e o menor, no Maranhão (5,3%). A comparação é com o mesmo mês de 2022. Todos os estados do Nordeste buscaram mais, segundo o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito, da Serasa Experian.
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