A Arco Educação concluiu o fechamento do capital, aberto em 2018 na Nasdaq, em Nova York. Na assembleia realizada na segunda-feira, 4, saiu o aval quase unânime dos acionistas (97,8%) para a proposta de recompra das ações. Assim, a empresa nascida de um sistema de ensino de Fortaleza, o SAS, por sua vez, extensão de marca do colégio Ari de Sá, e fruto do ímpeto de um herdeiro, Ari de Sá Neto, volta a ser uma empresa de capital fechado.

Ari Neto conversou com a Coluna. "Em cinco anos como companhia aberta multiplicamos a companhia por sete, nos tornamos líderes absolutos do mercado, com três milhões de alunos e as principais marcas". Mas em que medida o capital aberto deixou de ser a melhor opção? "Com Covid, Guerra da Ucrânia e crise, os mercados passaram a ter uma visão de resultados de curto prazo. Educação precisa de uma visão de negócio de longo prazo, investimento, qualidade", respondeu Ari. Segundo ele, agora será possível focar no crescimento e tomar as decisões que impactam o negócio no longo prazo.

Os fundadores, Oto de Sá Cavalcante, e Ari Neto, seu filho, permanecem como controladores. Eles têm 87% do poder de voto e continuam como os maiores acionistas da empresa. Afora General Atlantic e Dragoneer, já com posições confirmadas, quatro dos maiores acionistas da companhia, decidiram se manter como sócios na nova fase: Keenan, Forthsail, Wishbone e Softbank. O comitê independente formado por nomes não ligados aos acionistas e nem à família havia avaliado a proposta e recomendado que os acionistas votassem a favor da oferta.

O valor pago chega a US$ 14 por ação, um prêmio de 55% sobre o preço das ações. Os fundos General Atlantic e Dragoneer juntos estão investindo cerca de US$ 400 milhões na compra de ações dos acionistas minoritários. A empresa está avaliada em US$ 1,5 bilhão - cerca de R$ 7,4 bilhões.

Em 13 de dezembro de 2019, a Arco Educação fechara na Nasdaq com valor de mercado de R$ 10,4 bilhões. A empresa fizera um follow on (oferta de ações subsequente ao IPO) em 24 de outubro daquele ano. A oferta fora de R$ 1,33 bilhão. A GA reduziu sua participação de 18% para 11%. Ela já é sócia da companhia desde 2014.

A Arco é a maior empresa de educação básica da América Latina, com três milhões de alunos em mais de 8.700 escolas em todo o Brasil. A expectativa para este ano é fechar o exercício com receita de R$ 2 bilhões e Ebitda de cerca de R$ 700 milhões. Para 2024, a Arco prevê investimento de R$ 350 milhões em conteúdo e tecnologia, com foco em inteligência artificial e aprendizagem adaptativa.

BAHIA

Ford entrega fábrica que será BYD

A Ford anunciou a conclusão do processo de reversão de propriedade da fábrica de Camaçari (BA). As instalações pertencem ao Governo da Bahia, que vai repassá-lo para a chinesa BYD. Em outubro, a unidade brasileira da Ford anunciou que assinou acordo para permitir o uso "imediato" da fábrica de Camaçari pelo Governo. A BYD fará veículos elétricos e híbridos.

AGROTÓXICOS

Anvisa mostra alimentos com baixos riscos agudos ou crônicos

A Anvisa anunciou os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para) e o resultado foi alvissareiro para o setor do agronegócio. Na análise, o risco agudo dos alimentos foi identificado em 0,55% no ciclo 2018/2019 e em 2022 menos ainda. Apenas 0,17% das amostras analisadas. Em relação ao risco crônico, nenhum dos agrotóxicos pesquisados apresentou exposição pelo consumo de alimentos maior que a ingestão diária aceitável (IDA). Ao todo, foram monitorados 25 alimentos em um total de 5.068 amostras, contando os ciclos de 2018/2019 e 2022. O programa avalia a presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos coletados nos supermercados de todas as regiões do País. O risco agudo é o risco de danos à saúde pelo consumo de uma grande porção do alimento contendo resíduo de um determinado agrotóxico em curto espaço de tempo, como uma refeição ou um dia de consumo. O risco crônico avalia a possibilidade de danos à saúde decorrentes do consumo por toda a vida de diversos alimentos com resíduos de um determinado agrotóxico.

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Pesquisa mostra varejo para cima

A edição mais recente da Pesquisa Tracking da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) revelou que o varejo da construção civil no Nordeste teve melhora no otimismo acima da média nacional, no mês de outubro. A indicação de alta de vendas correntes em novembro foi apontada por 30% dos varejistas, enquanto o compilado das regiões registrou 25%. Apesar de incertezas no quadro macroeconômico, a queda dos juros e a menor inflação sustentam as vigas.

Horizontais

Secador e chapinha - Pesquisa sobre hábitos de consumo, feita pela Kantar, revelou: a Geração X (nascidos entre 1965 e 1980)é a que mais usou a combinação de secador e chapinha (11,2%). Também se trata do grupo que apresentou a maior cesta de beleza, com 69 unidades até setembro de 2023.

Fiat à frente - Líder do mercado nacional desde janeiro de 2021, a Fiat está prestes a completar três anos consecutivos no topo do podium de vendas do País. Em novembro, venceu, com 21,9% de market share e 44.265 unidades emplacadas.