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Altitude das tarifas aéreas leva associação das empresas a dizer que realidade é global
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Altitude das tarifas aéreas leva associação das empresas a dizer que realidade é global

A Abear alega que as faixas tarifárias também demonstram que há diversidade de preços, com 16,4% das passagens sendo vendidas abaixo de R$ 200,00, 54% abaixo de R$ 500,00 e 85% abaixo de R$ 1 mil
Avião no céu sombreado pelo sol (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC)
Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC Avião no céu sombreado pelo sol

A altitude dos preços das passagens aéreas fez a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) se manifestar nesta quarta-feira (13). Em nota, a Abear argumenta que o atual cenário do preço dos bilhetes no Brasil segue movimento semelhante ao dos demais mercados em todo o mundo.

Segundo o mais recente relatório de bilhetes efetivamente comercializados, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os preços das passagens aéreas oscilam ao longo dos meses e, no acumulado de 2023 (janeiro a setembro), as tarifas aéreas no Brasil estão 8,5% mais baixas do que em 2022.

A Associação alega que as faixas tarifárias também demonstram que há diversidade de preços, com 16,4% das passagens sendo vendidas abaixo de R$ 200,00, 54% abaixo de R$ 500,00 e 85% abaixo de R$ 1 mil.

Ao citar a série histórica da Anac, considera claro que a tarifa média acompanha os efeitos externos. Destaca que a aviação é um setor fortemente afetado pelo câmbio do dólar. O peso seria de 60% dos custos de uma companhia aérea. Aponta também o combustível - que representaria os demais 40%. Não cita pessoal. “A tarifa média doméstica em 2023, de janeiro a setembro, teve alta de 14% em relação a 2019 (ano pré-pandemia). Já o QAV, na mesma comparação, subiu 86%”, diz a nota..

A nota da Abear observa que os dados da Anac representam bilhetes efetivamente comercializados em todo o Brasil, enquanto que o levantamento de preços de passagens realizado pelo IPCA do IBGE é uma amostra feita por meio de simulação de compra de bilhetes em um determinado período.

Outros mercados, mesmos efeitos

Em todo o mundo, sublinha a Abear, as companhias aéreas ainda buscam neutralizar os impactos gerados pela maior crise de sua história. Nos Estados Unidos, compara, a tarifa aérea média do segundo trimestre de 2023 segue 10% acima do mesmo período em 2019. Enquanto isso, no Brasil, o valor médio dos bilhetes não teve aumento.

A comparação foi feita com dados do Department Of Transportation (DOT). “Estudo da empresa de análise de aviação Cirium revela que os preços médios dos bilhetes para centenas das rotas mais populares do mundo aumentaram 27,4% desde o início de 2022”.

A Abear afirma seguir em defesa de “ uma agenda ampla e consistente para enfrentamento dos custos e aumento da competitividade no Brasil, e segue em diálogo permanente com o Governo Federal sobre medidas conjuntas que combatam os entraves ao crescimento do transporte aéreo no País”.

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