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"Desde quando polícia penal faz inteligência na rua?"
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

"Desde quando polícia penal faz inteligência na rua?"

O ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva, vê excrescência em trabalho inteligência feito pela Polícia Penal no Ceará. Nesta terça-feira, 28, um policial foi morto em Fortaleza numa ação do tipo
O policial penal José Wendesom Rodrigues de Lima foi morto enquanto realizava uma diligência de inteligência no Centro de Fortaleza (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Foto: Reprodução/Redes Sociais O policial penal José Wendesom Rodrigues de Lima foi morto enquanto realizava uma diligência de inteligência no Centro de Fortaleza

A morte de um policial penal em uma ação de inteligência mal sucedida, em pleno Centro de Fortaleza, exige uma resposta convincente da Secretaria da Administração Penintenciária (SAP). Quem adverte é o ex-secretário nacional de Segurança Pública, o coronel reformado da PM de São Paulo, José Vicente da Silva. "Alguém vai ter que explicar que raio de ações de inteligência faziam policiais penais que devem atuar basicamente dentro de estabelecimentos penais", afirmou. O agente assassinado a tiros foi identificado como José Wendesom Rodrigues de Lima, 37

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Para ele, se há possível ligação de presos com criminosos fora dos presídios o problema deveria ser comunicado à Polícia Civil. "Quem planejou, que deu a ordem vai ter que ser chamado para esclarecer essa ação desastrada que vitimou o policial", cobra.

Toda força policial tem seu setor de inteligência. Mas há limites, pondera Vicente. Segundo ele, a atuação deve ser cingida à sua área de atuação. "A polícia penal faz inteligência basicamente acompanhando a conduta e relacionamento dos presos, visitas e etc. Caso haja necessidade de informações externas, deve pedir à Polícia Civil ou à PM. Inteligência é também cooperação. Além disso a polícia penal não tem experiência acumulada para fazer o que fez. É uma instituição nova que tornou policiais os agentes penitenciários num passe de mágica".

Ele cita o caso de São Paulo, onde já atuou. "Acompanhei muito o sistema penitenciário de SP com mais de 30 mil agentes que nunca fizeram essa presepada de ações externas. Mas as observações nas 170 unidades permitiu identificar lideranças de variados graus que foram gradualmente movimentados para dois presídios".

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