
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
O diretor do Departamento de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano do Ministério das Cidades, Marcos Daniel, quando cobrado pela entrada de recursos federais nas políticas urbanas de mobilidade, adverte que não basta a injeção de recursos. "Se eu estou falando de economia, eu preciso dar mais eficiência. Entender que eu tenho instrumentos locais para diminuir o valor dessa conta".
Noutros termos, ele não discorda da pertinência do investimento federal nas políticas de transporte público - tal qual saúde, educação e segurança pública - dada a relevância do ir e vir. Contudo, chama a atenção para este ponto de fundamento. Não é só despejar dinheiro de Brasília, seja na composição de um fundo para sustentar os subsídios Brasil afora, seja no financiamento de obras de infraestrutura. Existe uma tarefa de casa a ser feita por estados e, sobretudo, municípios.
Tarefa árdua por envolver medidas antipáticas a princípio. Inclui desestimular o uso do transporte individual, inclusive com a supressão de vagas para estacionar e a cobrança por estacionamentos; enfrentar a carnificina gerada pelos apps de motos; e desagradar quem mora ao longo de vias a serem transformadas em corredores para ônibus.
Marcos Daniel participou do 38o Seminário Nacional da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), na terça e quarta-feiras em Brasília. Ao se dirigir aos empresários e gestores, ele disse que o Ministério das Cidades tem feito a sua parte e investido técnica e financeiramente em transporte público. Nos últimos anos, alegou R$ 13 bilhões investidos por meio do Novo PAC para a renovação de frota, nos setores público e privado.
No evento, como mostra reportagem do O POVO de hoje, o clamor por subsídios foi a tônica do setor. O suporte financeiro público tornou-se necessário para não tornar o preço do bilhete inviável. Ao mesmo tempo, o setor deu um sinal: há um desafio de comunicação. As empresas de ônibus não conseguiram ainda demonstrar ao distinto público que o subsídio mira os usuários, e não elas.
Ao tempo em que se discute o papel da União, há duas agendas fundamentais: a criação do Marco Legal do setor e a criação do SUM, ou Sistema Único de Mobilidade. Sim, um SUS do transporte. Em suma uma proposta de política pública para organizar a mobilidade urbana de modo integrado. Entretanto, o que deveria ser expresso, enfrenta muitas paradas no Congresso.
VIDROS PLANOS
Fortaleza e Recife passam a contar com representação da Brazilglass, indústria detentora da maior planta de beneficiamento de vidros planos da América Latina, com 40 mil m² de área fabril. A empresa é certificada pela ISO 9001:2015 e homologada pelas principais fabricantes mundiais de vidro como Cebrace, Guardian Glass e AGC. A tecnologia é 100% automatizada. Hoje, 20% do faturamento da empresa está no Nordeste.
ARTICULAÇÕES
Tramita na Assembleia Legislativa um projeto de Indicação que sugere tornar obrigatória a presença de pelo menos um fisioterapeuta para cada 10 leitos de UTI, nas unidades públicas, privadas e filantrópicas do Estado. Sugere regime de plantão 24 horas por dia, nos sete dias da semana. O projeto tem articulação do Conselho Regional (Crefito-6) e alega redução comprovada de custos hospitalares. O presidente Jacques Esmeraldo cita uma pesquisa realizada entre março e abril de 2021, pelo Hospital Regional do Sertão Central. A pesquisa apontou menos tempo de internação dos pacientes em função da presença de fisioterapeuta nas UTIs. O número de diárias por mês caiu de 589 para 569 no período analisado. Considerando que o valor médio da diária de UTI adulto, no período analisado, girava em torno de R$2,6 mil a economia estimada com 20 diárias chegou a R$52,7 mil.
HORIZONTAIS
Gris - A BLD Urbanismo fechou a segunda operação de financiamento com o Santander para o projeto Gris Aquiraz, um condomínio de alto padrão com 271 lotes residenciais e valor geral de vendas declarado de R$ 50 milhões. Com o dinheiro à mesa, pretende avançar com as obras do empreendimento.
Contra os fungos - A cearense Rigel Brasil, indústria especializada em soluções antifúngicas para pães, bolos e massas, celebra seis anos de operação e declara R$ 2,2 milhões investidos em equipamentos, automação, treinamento e pesquisa. Está em 15 estados e planeja ampliar a sua atuação para 20 nos próximos anos.
BNB - O Banco do Nordeste anotou um primeiro semestre alvissareiro. Foi o melhor desempenho em seus 73 anos. De janeiro a junho, o BNB contratou R$ 34,8 bilhões, uma alta de 19,2% ante o mesmo período de 2024. Desembolsou R$ 29,1 bilhões ( 7,7%) e obteve lucro líquido de R$ 1,38 bilhão ( 35,6%).
Dentro da Caixa - Fortaleza recebe desde quinta-feira e até domingo os Jogos Regionais do Nordeste 2025, promovidos pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e pelas Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs) da região. Ao todo, mais de mil atletas.
Miniférias - Neste domingo não haverá coluna por conta de imerecidas férias do redator.
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