Brasília - O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, se consolida como um dos principais nomes da equipe do Governo Bolsonaro. Focado em resultados, ele vem ampliando a confiança no Planalto. Nesta sexta-feira, ele festejou mais um gol. Foram assinados contratos de concessão de 12 aeroportos, um deles de Juazeiro do Norte, no Ceará, estado natal do ministro. Ele é de Crateús.

Tarcísio não é dado a polêmicas. No máximo, exorta os planos de concessão e nunca deixa de vincular os feitos ao presidente Bolsonaro. Na terça-feira, dia 3, ele anunciou que o Governo pretende lançar edital para concessão do terminal marítimo de passageiros de Fortaleza. Será o primeiro de uma série. Leia aqui

Ele lista as concessões dos aeroportos como uma das medidas capazes de reduzir tarifas. Explica-se. Com players privados disputando voos, há aumento da oferta e da concorrência por conseguinte. O efeito esperado é a redução de preços das passagens.

Em Fortaleza, houve este efeito com a entrada da Fraport. As obras do Aeroporto Pinto Martins, inconclusas para a Copa de 2014, passaram a voar com a empresa alemã. As obras podem ser concluídas antes de maio de 2020, o prazo oficial. 

Tarcísio aponta a abertura do capital estrangeiro nas companhias de aviação; a manutenção do pagamento para o despacho de bagagens (um atrativo para empresas low cost) e a redução pelos estados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias que estão sendo firmados com outros países como uma esquadrilha de motivos para baixar os preços.

Afora Juazeiro, mais 11: Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande, Vitória, Macaé, Cuiabá, Sinop, Alta Floresta e Rondonópolis passam a ter aeroportos operados por empresas privadas, tal qual o Aeroporto de Fortaleza, por exemplo, este ainda concedido nos estertores da Era Dilma.

"Arrecadação de R$ 2,377 bilhões em outorgas para o Governo e investimentos de R$ 1,47 bilhão", postou Tarcísio no Instagram. Os investimentos devem ser feitos em cinco anos.

A rodada aconteceu em 15 de março e demarcou a abertura dos leilões de infraestrutura do Governo Bolsonaro. 

Juazeiro do Norte 

Houve mais de 15 lances até a empresa espanhola Aena Desarrollo Internacional se tornar a concessionária do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte. Para o Cariri, a estimativa da Agência Nacional da Aviação Civil é que a circulação de passageiros salte de 590 mil por ano (2016) para 2,8 milhões até o fim da concessão, em 30 anos. Leia mais aqui