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Cerveja Kona pratica logística reversa na Lapa, no Rio
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Cerveja Kona pratica logística reversa na Lapa, no Rio

A Kona vai agir com a startup Green Mining, acelerada pela Ambev. Irá recolher recipientes e enviá-los a centro de reciclagem e já tem 50 bares e restaurantes; Ambev lançou novo edital para selecionar novas startups para acelerar
Tipo Notícia
Cervejaria do Havaí se junta à startup Green Mining para fazer a coleta em bicicletas coletoras e ajudar no descarte correto de embalagens de vidro  (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Cervejaria do Havaí se junta à startup Green Mining para fazer a coleta em bicicletas coletoras e ajudar no descarte correto de embalagens de vidro

Rio de Janeiro -  A Cervejaria Kona vai liderar uma iniciativa para incentivar a logística reversa nos Arcos da Lapa, no Rio. Um dos grandes problemas da região é a dificuldade dos bares e restaurantes para descartar corretamente as garrafas e embalagens de vidro. A Kona vai agir com a startup Green Mining. Irá recolher recipientes e enviá-los ao centro de reciclagem da Cervejaria Ambev, também no Rio.

A havaiana Kona está no Brasil desde novembro de 2018. No trabalho vai usar um coletor, em uma bicicleta adaptada. A partir da coleta, o material será encaminhado para a Fábrica de Vidros da Cervejaria Ambev, onde é processado e transformado em novas garrafas.

O trabalho começou na terceira semana de setembro e tem declarados 50 bares e restaurantes impactados.

Para garantir o funcionamento eficiente da economia circular, um sistema de certificação é feito em todas as fases do processo. Pretende assim garantir que todo o material coletado chegue ao seu destino de maneira correta.

Green Mining e a Aceleradora 100+

A Green Mining é uma startup nascida em São Paulo que desenvolveu um sistema de otimização de hubs para a coleta de vidro. Ela faz parte da Aceleradora 100+ da Cervejaria Ambev. A iniciativa, lançada globalmente em junho de 2018 pela AB InBev, selecionou, em parceria com o Pacto Global da ONU, pequenos e médios empreendedores com soluções inovadoras para os principais problemas socioambientais do mundo.

Este mês, a Green Mining e a RSU Brasil se juntaram a outras sete startups de outros países para participar do Super Demo Day, uma rodada de apresentações para investidores, organizações e associações de alto impacto, na sede da AB InBev, em Nova York.

O evento acontece quase um ano após as empresas terem sido selecionadas para representar o Brasil na etapa global da Aceleradora 100+.

As nove empresas foram selecionadas pela Mashable, grupo de mídia e entretenimento focado em tecnologia e cultura digital parceiro da AB InBev, que garantiu participantes de diferentes áreas e países.

Além das brasileiras, foram convidadas startups da Bélgica, China, EUA e México. Em comum, todas elas participaram da primeira edição da Aceleradora 100+, em 2018 e propuseram soluções para questões como logística reversa, fontes alternativas de energia limpa, agricultura sustentável, redução de emissão de CO2, entre outros.

O programa selecionou 21 startups em todo mundo, entre mais de 600 inscritas. Só no Brasil, foram mais de 400 inscritas, das quais 21 foram escolhidas para o programa e três participaram da aceleração global.

Cases

Quando se inscreveu na Aceleradora 100+, a RSU Brasil tinha desenvolvido uma tecnologia limpa e de baixo custo para transformação de resíduos orgânicos descartados no processo de reciclagem em biomassa para gerar energia sem emissão de CO2.

A companhia recebeu treinamentos, participou de eventos com investidores globais e nacionais e recebeu US$ 100 mil. O piloto está sendo feito em parceria com a Ambev, e concluiu o primeiro teste em setembro deste ano em Anápolis (GO). Foi utilizado o volume de resíduo de uma carreta, que gerou energia suficiente para abastecer 1.800 casas durante uma hora e calcula ter evitado a emissão de 72 toneladas de CO2 na atmosfera.

A Green Mining estava começando a criar uma tecnologia para solucionar a logística reversa de embalagens de vidro, usando blockchain para mapear e centralizar a coleta desses materiais. Desde a fundação, o sistema de reciclagem da startup já coletou mais de 300 toneladas de vidro e diz ter deixado de emitir mais de 50 toneladas de CO2. Também fechou 10 parcerias e acordos nacionais e internacionais.

E para entrar?

O programa de aceleração da Cervejaria Ambev abriu edital para a segunda edição. Startups interessadas podem se inscrever pelo site até 31 de outubro e a vencedora poderá receber investimento de R$ 100 mil, além da possibilidade de se apresentarem para grupos de investidores em eventos no Brasil e na sede da ONU.

Foto do Jocélio Leal

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