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Brasil esperava coronavírus para abril ou maio, diz secretário
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Brasil esperava coronavírus para abril ou maio, diz secretário

Secretário executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e ex-secretário da Saúde do Ceará, Jurandi Frutuoso, diz que as autoridades em saúde pública estão preocupadas, mas tranquilas
Tipo Notícia
O secretário-executivo do Conass, Jurandi Frutuso (primeiro à esquerda), participou da entrevista coletiva do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para falar sobre o primeiro caso de um brasileiro infectado pelo novo coronavírus (Covid-19) (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Foto: José Cruz/Agência Brasil O secretário-executivo do Conass, Jurandi Frutuso (primeiro à esquerda), participou da entrevista coletiva do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para falar sobre o primeiro caso de um brasileiro infectado pelo novo coronavírus (Covid-19)

Brasília - O secretário executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e ex-secretário da Saúde do Ceará, Jurandi Frutuoso, diz que a chegada do coronavírus ao Brasil era esperada para abril ou maio, não agora. De todo modo, segundo ele, as autoridades em saúde pública estão preocupadas, mas tranquilas.

Jurandi afirmou que desde dezembro de 2019, quando ficou clara a ameaça de expansão do coronavírus, o Ministério da Saúde começou a se planejar em acordo com as secretarias estaduais e municipais de saúde, via Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS).

O Ministério pediu aos estados planos de contingência até o dia 6 passado e foi atendido. O plano delineia as ações a serem tomadas por cada unidade da Federação.

Ações compensatórias no SUS
Defensor histórico do Sistema Único de Saúde (SUS), Jurandi avalia que uma situação extrema levará a União a compensar um peso desigual hoje. Estados e municípios já bancam mais da metade dos custos. Algo na proporção de 57% contra 43% da União. Esta balança pesa nesse lado desde 2013.

Jurandi reconhece que o SUS terá dificuldades para dar conta da demanda, em caso de sobrecarga. Contudo, ele aponta as medidas do plano nacional de contingência, como a alocação de leitos pelo Governo Federal, além da distribuição de equipamentos de proteção ( já licitados) serão importantes para amainar o impacto.

Hoje, diz ele, já há municípios a bancar 24% da conta, quando deveriam ir até 15%. E estados com 15%, quando o máximo seriam 12%. Sistemas como o SUS deveriam equivaler a 7% do PIB nacional, mas no Brasil fica em 3,8%.

Leigos ficaram surpresos com o protocolo adotado para o o primeiro paciente brasileiro afetado pelo coronavírus. Ele está sendo mantido em isolamento domiciliar. Para Jurandi, pacientes com boa condição física e clinicamente estáveis podem devem mesmo ficar em isolamento em casa. Temos que investir na educação das pessoas, lavar a mão. Estimular a higiene é o grande trabalho a ser feito.

Vivemos uma pandemia? Para ele, só falta declarar oficialmente.

 

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