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Covid-19: Sergio Werlang recomenda não ter medo da inflação
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Covid-19: Sergio Werlang recomenda não ter medo da inflação

O ex-diretor do Banco Central, e um dos autores do sistema de metas inflacionárias, afirma que caso medidas tomadas pelo BC vierem a causar inflação, é fácil: é só subir a Selic
Sergio Werlang conversou com o jornalista Jocélio Leal em transmissão ao vivo (Foto: REPRODUÇÃO FACEBOOK)
Foto: REPRODUÇÃO FACEBOOK Sergio Werlang conversou com o jornalista Jocélio Leal em transmissão ao vivo

Fortaleza - O ex-diretor do Banco Central Sergio Werlang, um dos autores do sistema de metas de inflação, defende que a autoridade monetária deve ter liberdade para emissão de moeda ou compra de títulos, sem temer os efeitos sobre a inflação. "Se por acaso causar inflação, é fácil. É só subir a Selic (taxa básica)".

Assista na íntegra em vídeo aqui

Werlang adverte que o sistema de metas dá esta segurança. "O BC se reúne a cada 45 dias e pode se reunir antes de modo extraordinário. É bom ter medo da inflação, mas o medo exagerado de inflação não pode deixar a gente ficar parado".

"O sistema de metas tem essa beleza de ser simétrico. Você não pode errar demais pra baixo, para ficar muito baixa, nem para ficar muito alta. A banda é de dois lados. Antigamente na Europa tinha um teto. Nós não, temos de estar numa banda".

Ele lembra que quando as taxas de juros estão perto de zero - e antes mesmo da crise ela já via espaço para reduções mais drásticas - a efetividade das políticas monetárias é menor e o BC precisa de outros instrumentos.

Werlang considera exagerada a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de queda de 5,3% no PIB do Brasil este ano. "O FMI tende a ser muito conservador para baixo, para depois dizer que errou para baixo. Acho que está exagerado".

Citando o índice Barômetro Econômico Global, da FGV, ele vê no dado antecedente, em março, na Ásia, Pacifico e África, em março, queda de 27%. Em abril, -6%. "O FMI estimou para a China, crescimento de 1,2% e economistas chineses até conservadores, 3%. A economia já está começando a recuperar".

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