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Lawson por Tsunoda: a maldição do 2º piloto da Red Bull
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Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É repórter de Política do O POVO, com passagem pela área de Cotidiano. Apaixonada pela emoção do esporte e entusiasta de carros em alta velocidade nas pistas

Lawson por Tsunoda: a maldição do 2º piloto da Red Bull

Japonês Yuki Tsunoda deve correr no Japão pela Red Bull no lugar do neozelandês Liam Lawson
Carro de Max Verstappen, piloto da Red Bull. Ele é o primeiro piloto, mas e quanto ao segundo? (Foto: Andrej ISAKOVIC / AFP)
Foto: Andrej ISAKOVIC / AFP Carro de Max Verstappen, piloto da Red Bull. Ele é o primeiro piloto, mas e quanto ao segundo?

A cúpula da Red Bull já está de decisão tomada e Max Verstappen deve ter um novo companheiro de equipe: Yuki Tsunoda irá correr etapa do Japão. Liam Lawson, que colecinou resultados ruins, vai para a Racing Bulls. Não só isso, se junta ao não tão exclusivo grupo de chutados da escuderia. O caso do neozelandês é ligeiramente pior porque só se passaram duas corridas desde o início da temporada e Suzuka seria uma pista conhecida para ele.

É ainda pior diante dos resultados que Sergio Perez teve em 2024 e, apesar disso, ele permaneceu na equipe uma temporada inteira. Ser o segundo piloto da Red Bull é difícil, eu diria quase uma maldição. Muito se debate que os últimos carros tenham sido pensados apenas para Verstappen. Claro, cada carro tem um acerto, que pode ser modificado pela preferência do piloto. Agora, o que não dá pra mudar é uma filofia inteira que prioriza o que o holandês gosta. É um carro sensível, agressivo, que nem todo mundo vai conseguir dirigir.

Mas tiremos, então, a tese do carro ser feito para o estilo de pilotagem de Verstappen. Ele é o primeiro piloto, isso é obvio, não tem discussão. O companheiro de equipe precisa ajudar, mas nunca brilhar mais. Algumas vitórias que Checo teve, por exemplo, são permitidas, mas bem longe do sonho de ser campeão. Atualizações? Há uma prioridade.

E existe o fator emocional. Além de ter de se ajustar a um novo carro, que, pelo menos antes, era o mais rápido do grid, a equipe tem uma filosofia: vencer. Resultados ruins não tem espaço. Pierre Gasly (12 corridas) e Alexander Albon (26 corridas) são exemplos. Após batidas e erros, foram substitídos.

Não que a equipe não deva buscar a vitória, mas o que fazer em duas corridas? É um tempo bem menor do que já foi dado a outros pilotos, ainda mais sendo Lawson cria da academia de pilotos. A Red Bull parece, desde muito tempo, que não se via isso, preocupada. Ficou assustada com o desempenho na China, quer trocar o segundo piloto logo de cara. Verstappen tem tirado bons resultados no braço. Agora, fica a dúvida, Tsunoda vai vencer a maldição e dar frutos? 

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