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Os esperados últimos lugares de Bortoleto
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Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É repórter de Política do O POVO, com passagem pela área de Cotidiano. Apaixonada pela emoção do esporte e entusiasta de carros em alta velocidade nas pistas

Os esperados últimos lugares de Bortoleto

Para o futuro, é esperado que os carros evoluam, mas é bem difícil que a Sauber receba um milagre
Brasileiro Gabriel Bortoleto, piloto da Sauber (Foto: Fadel SENNA / AFP)
Foto: Fadel SENNA / AFP Brasileiro Gabriel Bortoleto, piloto da Sauber

Em meio à euforia de ver novamente um brasileiro na Fórmula 1, deve ter passado batido pela maioria os desafios que teria Gabriel Bortoleto ao ser piloto da Sauber. Embora seja bom para matar a saudade ver ali a bandeira brasileira representada, os resultados de Bortoleto já eram esperados. O retrospecto é: não finalizou na Austrália e em Miami, foi 14° na China (na frente do companheiro de equipe, o experiente alemão Niko Hulkenberg), ficou em 19º no Japão, sendo último no Bahrein, na Arábia Saudita e em Emilia-Romagna (Ímola).

Desde o início era claro o alerta de que o carro na Sauber não daria muito espaço para bons resultados para Bortoleto, um dos estreantes da temporada. Ao lado dele, havia outros novatos: Kimi Antonelli, Isack Hadjar e Ollie Bearman, pois Jack Doohan já foi substituído. Os três chegaram em posições acima de Bortoleto nas sete rodadas da temporada. Antonelli foi quarto na primeira corrida na Austrália, Hadjar e Bearman foram, respectivamente, oitavo e décimo no Japão.

O motivo dos resultados é mais mecânico que humano. A Sauber, agarrada ao fundo do grid, já apresentava sinais que não teria grandes investimentos no desenvolvimento do carro em 2025. Os olhos já estão na transição de marca para Audi em 2026.

Bortoleto chegou à categoria com boas credenciais: foi campeão da Fórmula 2, em 2024, tendo ganhado a Fórmula 3 no ano anterior. Nos últimos tempos, apenas três pilotos conseguiram o mesmo: George Russell, Oscar Piastri e Charles Leclerc. Todos têm mostrado bons resultados atualmente, mas ocupam equipes da frente do grid, o que abre espaço para brigar por poles e forçar ultrapassagens.

O melhor desempenho do companheiro de equipe de Bortoleto foi um sétimo lugar na Austrália, com seis pilotos que não terminaram a corrida. Nas demais etapas, Hulkenberg finalizou passou longe da zona de pontuação, variando de 16º a 12º, o que também mostra os sinais que até para quem é mais experiente o carro não rende muito mais. Bortoleto enfrenta ainda os lapsos da própria equipe, coisa que até quem tem bons ritmos de corrida passa. A Ferrari que o diga, a McLaren também. Em Emilia-Romagna, o brasileiro estava em uma boa posição no grid, mas ficou no lugar na hora errada, com o safety car virtual. A equipe, para finalizar, foi para uma estratégia de três paradas, o que complicou o que já era difícil. Para o futuro, é esperado que os carros evoluam, mas é bem difícil que a Sauber receba um milagre. 

Foto do Júlia Duarte

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